O Brasil será o primeiro país que receberá a Frontier produzida na nova fábrica da Nissan de Santa Isabel, em Córdoba (AR). A chegada no mercado brasileiro ocorrerá ainda neste ano e aumentará as versões disponíveis – hoje são duas – em avaliação pela montadora. A inauguração da planta argentina ocorreu nesta segunda-feira (30).
Com investimento de US$ 600 milhões, foram construídas a nova linha de montagem e uma pista de testes para picapes. Operações como estamparia, montagem da estrutura e pintura são compartilhadas com a Renault. Foram contratados 750 funcionários dos mil diretos previstos. Também serão criados dois mil empregos indiretos.
A fábrica de Córdoba da Nissan Argentina integra a rede mundial de produção da Frontier, junto com as plantas da Tailândia, China, México e Espanha. A linha de montagem tem capacidade para 70 mil veículos, dos quais 30 mil da própria marca (60% destinados ao Brasil), e o demais divididos entre a Renault e a Daimler que pagarão para utilizar a linha de montagem.
Apenas com cabine dupla, a Frontier continuará equipada com motor diesel 2.3 biturbo de 190 cavalos de potência e força (torque) de 45,9 kgfm. O propulsor atua combinado com as transmissão automática de sete velocidades e tração 4x4 e reduzida.
Depois do começo da produção da Frontier, ainda neste ano será a vez da Renault Alaskan entrar na linha de montagem. A terceira, a Mercedes-Benz Classe X, está prevista para o começo de 2019. As três picapes de uma tonelada compartilharão a plataforma, mas preservarão a identidade e design da cada marca.
O presidente da Nissan Brasil, Marco Silva, aposta nas novas versões que serão produzidas na Argentina para aumentar a participação da marca no mercado brasileiro. Além das duas versões atuais, sem revelar as futuras opções, apenas disse que poderá ser tanto das faixas de maior preço quanto menor, com mais simples.
A inauguração contou com os presidentes da Argentina, Mauricio Macri, e da Nissan Motor Co. Ltd., Hiroto Saikawa, autoridades locais e executivos da Aliança Renault Nissan, entre outros. A atual recessão econômica argentina não influenciou em nada os planos da Nissan no país e na região, garantiu Saikawa, destacando que o projeto é solido independentemente do momento econômico.
“Tomamos a decisão de fazer este investimento há três anos e faz parte de nossa estratégia de crescimento na América Latina. Já estávamos no México, mas ainda precisamos aumentar a presença no Brasil e Argentina. É fundamental ter participação significativa nesses dois grandes mercados para crescer na região", reiterou Saikawa.