Com PRISCILA NUNES / Especial
Uma rica história marcada pela passagem de Cristovão Colombo pela costa do Caribe, em 1502, a Colômbia preserva o passado na construção do futuro. Cartagena e Bogotá são os melhores exemplos. O quarto mercado automotivo da América do Sul firmou acordo com o Brasil para importação de veículos brasileiros. Com duas marcas locais - Chevrolet e Renault – o brasileiro Onix e o Sandero são preferidos na concorrência com os importados.
Nas ruas de Bogotá e nas lojas da rede Renault, a Alaskan, importada do México, é a atração da marca francesa. A picape que será montada na Argentina, estará no Salão do Automóvel de São Paulo, em novembro, no São Paulo Expo. O mercado colombiano caiu 6% em 2017 com 238.238 registros contra 254.245 no ano anterior. A expectativa das eleições, que ocorreram em junho, e a Copa do Mundo ajudem a recuperação das vendas.
O porte robusto da Alaskan, maior em relação a Ford Ranger e a Volkswagen Amarok, é destacado pelos 5,318 metros de comprimento, 2,05 m de largura, 1,863 m de altura. A distância entre eixos é de 3,150 m e a capacidade de carga de uma tonelada.
Montada sobre a plataforma da Nissan Frontier – a picape mais vendida na Colombia – a frente da Alaskan é destacada pelos generosos cromados na grade, cobertura dos faróis auxiliares e base do para-choque. Os cromados também estão nos retrovisores, estribos laterais e para-choque traseiro.
Apenas na versão cabine dupla, volante multifuncional, o interior remete ao da Nissan Frontier com sofisticado acabamento, revestimento em couro e detalhes cromados. A central multimidia Nav 2 conta com tela digital de sete polegadas sensível ao toque, GPS e Bluetooth, entre outros recursos. O motor da picape Renault vendida na Colômbia é o 2.5 dCi turbodiesel 16 V de 190 cv e força (torque) de 45 kgfm que atua com o câmbio manual ou automático de seis velocidades e trações 4x2, 4x4 e 4x4 com reduzida. As rodas são de liga leve aro 16 e os pneus 255/70 R16.
A primeira cidade da Colômbia fundada pelos espanhóis foi Santa Maria, em 1525. Oito anos depois foi a vez de Cartagena e, em 1538, Santa Fé de Bogota. Rica em minerais, a região atraiu piratas, franceses e ingleses. A rica história colombiana é lembrada pelos museus, mais de 50 em Bogotá monumentos e pontos históricos.
Os pontos culturais da cidade tem atrações para todos os gostos dos turistas. Numa rápida visita eu a jornalista Priscila Nunes aproveitamos a ida automotiva para conhecer o Museu Del Oro, com obras pré-colombianas em ouro. Imperdível. Vale a pena caminhar pelo centro histórico e conhecer La Candelária, uma atração à parte. Bairro histórico com arquitetura antiga, igrejas e edifícios coloniais e barrocos. Várias bibliotecas, museus e universidades. Plaza Bolivar, as sedes do governo, ministérios, congresso e a Catedral Primada de Colômbia, entre muitos outros locais.
Bogotá também excelentes restaurantes com cozinha internacional. Para terminar, um Café Juan Valdez, a marca mais famosa do país. Tem em todo o lugar, mas a do Centro Cultural Gabriel Garcia Máquez é especial. Bogotá tem um clima seco com temperaturas que variam de 7 à 15 graus, em junho. O que chama a atenção é altitude, fica 2640 metros acima do nível do mar, sendo a terceira capital mais alta do mundo. Estávamos mais perto das estrelas, brincamos.
Andar pelas ruas do centro de Bogotá é respirar a história e a cultura da cidade. Há muitos expositores que vendem artigos antigos como discos de vinil, telefones de época, toca fitas, até roupas modernas vindas da China, sapatos e chinelos. Difícil andar pelo centro e não parar em alguma exposição de rua.
Pouco mais de uma hora de avião, a partir de Bogotá, fica San Andrés, o “paraíso do mar das sete cores”. É uma ilha, sem dúvidas, que supera expectativas. Fácil e rápido de conhecer, tem todo o tipo de hotel e preços. Para entrar, é preciso pagar uma taxa de turismo. Ficamos no centro, perto de tudo, muitos restaurantes com cozinhas local e internacional.
Um carrinho tipo golf, quadriclo ou motoneta é o meio perfeito para conhecer a ilha. Os melhores são os maiores, os Kawasaki. Rodamos o dia inteiro com um carrinho. A volta na ilha tem em torno de 30 quilômetros e o tempo depende das paradas. Também tem ônibus e um caminhão aberto que fazem todo o percurso. Além de muito jet sky para alugar.
Na praia, uma sapatilha evita machucar os pés nas pedras. Para quem optar, tem várias lojas que vendem esses sapatos com tecido neopreme. Seja ao norte, ou ao sul temos praias paradisíacas e locais para mergulho. Na volta pela ilha, que dura cerca de 3 horas sem parar, vale a pena descer no Aquario, Rocky Kay, restaurantes Paraiso e Francesa, Playa Marquitos, La Piscina (água muito limpa) West View, Curva Morgan e Casa Museo. Na Punta Norte tem um excelente resort e restaurante internacional aberto ao público. Ainda tem pequenas ilhas próximas e de fácil acesso, como a imperdível Johnny Cay.
A moeda local é o peso colombiano e o dólar também é aceito. Em todo lugar vale a pena pechinchar para descontos de até 20%. San Andrés é zona franca e tem muitas lojas com produtos de todo o mundo, principalmente, perfumes, cosméticos e bebidas. O preço é razoável mesmo considerando o dólar a R$ 3,80.
O voo de San Andrés a Cartagena leva menos de uma hora. Da janela do avião os registros fotográficos são incríveis. Vale a pena conhecer a cidade fundada em 1533 e que no período colonial, foi importante porto para transporte de ouro e prata e comércio de escravos africanos. Na cidade, tem muitos monumentos, igrejas e pontos históricos com a imponente arquitetura espanhola.
O melhor de Cartagena é a Cidade Murada, ou as Muralhas de Cartagena, com 11 quilômetros de extensão, construída para proteger a região dos piratas. O movimento é intenso durante o dia e até ás 23h com praças, igrejas, restaurantes, bares e atrações de rua. O por do sol sobre o mar é imperdível.
Na cidade murada, a cada quadra, a cada esquina, estão atrações para conhecer a pé ou nas antigas carruagens. São pontos como Plaza de la Aduana, Plaza de Los Coches, Catedral, Alcadia Mayor (prefeitura) ou a Torre do Relogio, entre outros.
Há por toda parte carruagens que fazem passeios pelas ruas, tornando isso uma atração turística local. Não faltam opções de lancherias e restaurantes aconchegantes. Como sempre, paramos em uma cafeteria para ver no wifi quais seriam os próximos pontos que iríamos.
Fora do centro histórico, Cartagena, a quinta maior cidade da Colômbia, é contemporânea com arrojadas construções, movimentação e muito para ver. O Castelo de San Felipe de Barajas, uma fortaleza construída entre 1536 e 1657, é considerada a maior obra feita por espanhóis na América. Vale a pena conhecer o Convento Santa Cruz de La Popa, playa Blanca e Bocagrande, com areia escura e água clara e quente. Visitamos mais um pouco do litoral colombiano.
Nas praias como Bocagrande, principal da região, fica a parte moderna da cidade. Há os contrastes de Cartagena com o centro histórico e a parte nova. É bom ficar atento aos serviços da beira de praia, pois os vendedores são muito insistentes.
Cartagena das Índias é uma cidade simpática, colorida e aconchegante, as ruas do centro são parecidas, fáceis de se perder. Há diversas opções de culinária, com frutos do mar, pastas e comida peruana.
Às 18 horas o por do sol é incrível.