PRISCILA NUNES/Especial
São Paulo
Dirigir um caminhão não é tão difícil quanto parece. A avançada tecnologia facilita a condução, aumenta o conforto e a segurança. O comportamento do peso-pesado na estrada surpreende e até lembra o de um carro de passeio. A convite da Mercedes-Benz do Brasil, tive a oportunidade única de experimentar a imensidão de um veículo de transporte de carga. Nunca tinha passado por uma experiência parecida. No máximo dirigi picapes e utilitários esportivos. Vou contar os detalhes surpreendentes de como foi feito esse teste-drive inusitado.
O ponto de encontro da nossa experiência foi a fábrica em São Bernardo do Campo, em São Paulo. Para começar, uma extensa explicação técnica sobre o mais moderno caminhão da marca, a nova geração do Actros 2651. Na cor vermelha, brinquei que poderiam ter escolhido na cor azul do meu time, o Grêmio. Brincadeiras à parte, a recepção da jornalista Natália Brumati foi essencial para o desenvolvimento das atividades.
Fiquei curiosa sobre o que encontraria naquele gigante. A imensidão da carreta comparada a minha altura: 1 metro 60, foi de ficar de queixo caído. O peso ainda mais, são 74 toneladas. Entrei na alta cabine com a ajuda da equipe. Fiquei em pé. Não imaginei o espaço interno tão amplo. Eu parecia uma formiga.
O bom acabamento, remeteu ao de um utilitário esportivo médio. Observei todos os detalhes e analisei de forma mais técnica: volante, ajustes de bancos e retrovisores, quadro de instrumentos, comandos. E o principal, os pedais do freio e acelerador.
Deu vontade de dirigir e, ao mesmo tempo, curiosidade sobre o que viria pela frente. Fiquei ansiosa. Após as explicações teóricas, chegou a hora da prática. O instrutor caminhoneiro João Moita mostrou como conduzir de maneira segura um caminhão do porte do Actros 2651. Um estradeiro movido por motor diesel BlueTec 5, seis cilindros em linha, 13 litros, 510 cv de potência e força (torque) de 240 kgfm e transmissão automatizada de 12 velocidades.
De São Bernardo do Campo seguimos em direção a Riacho Alto. Percorremos mais ou menos 120 quilômetros. Pegamos a estrada sentido Rodovia Anchieta, em direção a Presidente Dutra. Na cabine fiquei ao lado do querido caminhoneiro Moita, que dirigiu uma parte da estrada.
Entre uma história e outra, ele foi contando sobre a vida longa e divertida no comando do caminhão. Dava para ver o brilho no olhar de quem gosta do que faz. Não escutei barulho nenhum do motor, contudo achei que não seria fácil dirigir o Actros.
A tecnologia e modernidade do caminhão me chamaram a atenção. Além do bom ar-condicionado, um frigobar para deixar líquidos gelados, a cama atrás da cabine, separada por uma cortina, e ainda diversos porta-objetos. Também o espelho frontal de aproximação que permite a visualização de toda a frente do veículo, tornando as manobras precisas e o tráfego na cidade ainda mais seguros. Ainda o FleetBoard, sistema de gerenciamento de frota que auxilia o frotista a reduzir os custos e acompanhar a operação e o deslocamento do veículo.
Depois de certo tempo, foi a vez eu assumir o volante. Ajustes feitos do volante e banco, encontrei uma boa posição para dirigir. Fiquei tranquila, afinal estava ao lado de um instrutor com muitos anos de experiência e que me passou segurança total. Achei que seria uma tarefa difícil. Logo me senti familiarizada rodando na velocidade entre 40 km/h e 50 km/h. Passamos uma ponte e veio a primeira curva. O comportamento do 2651 foi bem mais lento em relação a um carro de passeio.
O caminhão é pesado, claro, acelerava como se fosse um carro, mas lembrava que era uma carreta. Na saída da curva acelerei e a retomada de velocidade foi lenta. Com o Top-Brake acionado, sistema de frenagem automática acionado, fiquei com medo de que não funcionária, mas o Actros freou sozinho quando se aproximou de outro caminhão à frente. Conhecia o sistema de automóveis, picapes e utilitários esportivos mas achei incrível em um veículo de 74 toneladas.
O tempo nublado ajudou e o pouco movimento na estrada também. Na chegada ao local do almoço, tive que estacionar o gigante no acostamento. Foi um pouco complicado, exigiu diversas e lentas manobras, mas consegui. Fiquei feliz: o instrutor Moita elogiou. Disse que eu havia compreendido e dirigido bem.
Dirigir o Actros 265, um estradeiro para transporte em longas distâncias, aparentemente seria difícil, mas tornou-se fácil. Os profissionais envolvidos passaram experiência e segurança, além do conforto e da avançada tecnologia que facilitam a condução. Foi uma experiência, sem dúvidas, incrível e que conto até hoje para amigos e parentes. Obrigada. Até a próxima.
Viagem a convite da Mercedes-Benz