Em 19 de novembro de 1968, mudava a relação da Chevrolet com o Brasil. Era lançado o Opala, primeiro carro de passeio fabricado pela empresa no Brasil. Até então, a montadora norte-americana só havia trabalhado com caminhões e utilitários no país. O carro chegava com uma promessa de luxo e status. As informações são do Jornal do Carro, do Estado de S. Paulo.
O público conheceu o oficialmente o modelo no 6º Salão do Automóvel de São Paulo, que, à época, ocorria no Parque Ibirapuera. O veículo tinha carroceria de quatro portas e era oferecido em duas versões de acabamento – Standard e De Luxo – e duas de motor: propulsor 2500 de quatro cilindros (80 cv) ou o 3800 de seis cilindros (125 cv). Três marchas compunham o câmbio, que era manual e com alavanca na coluna de direção.
Apesar do motor potente para o período, a empresa destacava que era um carro silencioso. Entre as novidades, tinha tuchos hidráulicos nas válvulas. O automóvel levou dois anos e meio para ser desenvolvido. O carro que serviu de modelo para o Opala que chegou ao Brasil foi um mexicano, o Opel Olímpico, que, por sua vez, foi baseado no alemão Opel Rekord.
Na virada da década, vieram as primeiras mudanças: em 1971, a Chevrolet lançou a carroceria de duas portas e a versão SS, que tinha faixas esportivas e bancos dianteiros individuais. Este modelo também tinha discos de freio na dianteira, alavanca de câmbio –agora com quatro marchas – no chão e um motor 4100, considerada a grande novidade. Ele também tinha seis cilindros, mas, ao contrário do 3800, de 125 cv, a novidade rendia 138 cv.
Ao lado da versão Comodoro, mais luxuosa, chegou em 1974 a perua Caravan. Na chegada do fim da década, foi a vez de anunciar a versão Diplomata, considerada a mais luxuosa da linha. Foi o momento de maior mudança do modelo: à frente, novos faróis, retangulares.
Em 1974, nasce a perua Caravan, além da versão Comodoro, mais luxuosa. Além disso, no fim desse ano a Chevrolet promove alterações na dianteira, traseira e painel. Mudam faróis, lanternas, para-choques e grade.
Antes da virada da década, em 1979, chega a versão Diplomata, a mais luxuosa da linha, e o modelo passa pela maior mudança desde a criação: à frente, novos faróis, retangulares.
O fim da vida do último modelo do Opala ocorreu em julho de 1992. Um pouco antes, em 16 de abril de 1992, o carro tinha atingido uma marca até então só alcançada por Fusca e Kombi: 1 milhão de unidades vendidas.