Os locais de imprensa dos Jogos Olímpicos não têm bares com variedades de produtos para comer e beber. As salas de trabalho contam com garrafas térmicas com café e água quente, sachês de chá, barras de cereais, água não gelada em máquinas e frutas.
Aí estão as verdadeiras atrações. Há maçãs de boa qualidade, mas nada supera as bananas. Semelhantes às da variedade "caturra" pelo tamanho, são extremamente saborosas, concorridas, nutritivas e muito oportunas para quem não tem tempo de se alimentar direito. A reposição é constante, dada à aceitação e à "fome jornalística".
Mascote olímpico na bandeira do RS
Pois não é que Prhyges, o mascote dos Jogos Olímpicos, aparece na bandeira do Rio Grande do Sul? Exatamente. E não é bairrismo.
O boneco símbolo da Olimpíada representa um barrete frígio, uma espécie de touca muito popular entre os franceses no século 16 e que se tornou símbolo da Revolução de 1789 que mudou os rumos do país, derrubou a monarquia, consagrou ideais republicanos.
Quando foi instituído o brasão-símbolo que está na bandeira gaúcha, houve muita influência dos ideais da Revolução Francesa.
Ali estão motivos sugeridos pela maçonaria e elementos do positivismo. Até o lema do estado é uma cópia alterada do francês, com "Liberdade, Igualdade e Humanidade", sendo esta última palavra a substituta para a "Fraternidade".
No meio do escudo aparece um pequeno barrete frígio vermelho, como o que inspirou na criação de Phryges. Vai lá na bandeira e pode conferir.
Vôlei de Praia com vista para o ouro do judô
A Arena da Torre Eiffel está localizada em um dos extremos do Campo de Marte, grande parque usado pelos parisienses para as mais diversas atividades recreativas durante o ano.
No outro lado, a mais ou menos 500 metros, está o Grand Palais Éphémère. Enquanto na Arena Carol Solberg e Bárbara Seixas ganhavam da dupla da Holanda no vôlei de praia, Bia Souza faturava o ouro no judô ali pertinho, no Grand Palais.
A dupla do vôlei ficou sabendo da conquista da judoca na hora das entrevistas e foi possível olhar da área de zona mista e ver o local onde minutos antes tocara o hino brasileiro pela primeira vez num pódio desta Olimpíada:
— Que massa! — disse Carol — Vamos olhar bem para lá para que este astral venha para cá para o lado da Torre.
As duas não só olharam para o Grand Palais, como se deixaram fotografar com ele ao fundo para "chamar" mais ouros.
Galera conectada no ouro de Bia
As transmissões da Olimpíada fazem parar as atividades nos mais variados lugares, mesmo dentro dos locais de competições em Paris.
Enquanto brasileiros se preparavam para jogos do vôlei de praia de Carol e Bárbara, Bia Souza fazia sua luta final que daria o primeiro ouro para o Brasil. Como a galera podia fazer para torcer? Simples. Bastava buscar um canal de internet no próprio telefone celular.
Os aparelhos viravam telas comunitárias e vários grupos de torcedores do Brasil se formaram para acompanhar o confronto que terminou com festa brazuca.
Medalha de Ouro:
Beatriz Souza. Estreante na Olimpíada e já ganha uma medalha de ouro. A judoca se tornou o primeiro atleta do Brasil no topo do pódio em Paris.
Medalha de lata:
Regras e arbitragens do Judô. A modalidade que mais medalhas já deu ao Brasil está a cada dia mais confusa. As regras mudam constantemente, os resultados estão mais dependentes da subjetividade dos juízes e de decisões nem sempre bem claras da arbitragem de vídeo.