O perna de pau da Copa não está jogando. A maior mala do Mundial é o ex-jogador irlandês e hoje comentarista Roy Keane. Ele já vem implicando há algum tempo contra jogadas irreverentes e cânticos de torcidas no futebol britânico. No Catar, pegou no pé dos torcedores de Senegal e não suportou ver os jogadores do Brasil comemorando os gols com dança e contagiando o próprio técnico Tite.
Quem quer conhecer um pouco mais do cidadão que jamais esteve perto de ser campeão do mundo, apesar de ter sido um bom jogador, que vá nas plataformas de vídeo ver jogadas criminosas que ele protagonizou contra adversários como o francês Vieira ou o pai do craque norueguês Haaland, entre outras. Mas isto ele não deve ter considerado “desrespeito”.
Era Tite
Na partida das quartas de final da Copa do Mundo, como aconteceu antes da goleada sobre a Coreia do Sul, podia se dizer que o trabalho de Tite e todo seu grupo estava à beira da despedida. A contagem regressiva para o fim de uma era iniciada em setembro de 2016 não tem dia definido para se encerrar. É certo que será quando o Brasil sair do mundial do Catar e todos querem que seja dia 18 de dezembro com o título. Agora o desafio é evitar um fracasso diante da Croácia. Se passar, mais duas partidas são certas.
Operariado
Em tempos de Copa do Mundo, o Catar evitou de dar sequência a grandes obras no país e que fossem aparentes aos olhos dos visitantes. Há; entretanto, milhares de operários trabalhando em instalações internas e acabamentos em gigantescos prédios comerciais e residenciais. Não é possível ver os trabalhadores em atividade, mas chama muito a atenção as concentrações de centenas deles na hora da saída do expediente, por volta das 17h. Não há mulheres.
Todos, devidamente uniformizados, com roupas predominantemente azuis, formam extensas filas esperando ônibus especiais, que os levam para os bairros onde residem. Não se vê os homens deixando o local de trabalho individualmente ou em pequenos grupos. Tudo feito com silêncio, disciplina e reverência. Todas essas pessoas são estrangeiras, muitas do sul da Ásia, de países como Bangladesh e Paquistão.
Pode piorar
Se o Brasil e outras seleções reclamaram dos problemas com os gramados da Copa, a situação tende a se agravar com a aproximação de jogos finais da competição, especialmente no palco principal do mundial, o Estádio Lusail. Nesta terça-feira (6), Portugal e Suíça fazem o sétimo jogo no local, que ainda terá uma partida das quartas, uma semifinal e a grande decisão no próximo dia 18. Depois de sediar a classificação brasileira diante da Coreia do Sul, o 974, o estádio dos contêineres fechou suas portas no Mundial. Lá aconteceram sete partidas.
A esposa, pombo e o sheik
Tite viveu momentos inéditos no jogo diante da Coreia do Sul. Antes da partida foi à beira da arquibancada para dar um beijo na mulher, Rose. No gol de Richarlison, participou da comemoração ensaiando passos da dança do pombo, algo que era para ser escondido e que rendeu um comentário jocoso do atacante: “Ele ainda tem a coluna dura”.
Ao final da partida, antes de ir para a entrevista coletiva, recebeu a célebre visita de um dos sheiks do Catar que foi ao vestiário unicamente para cumprimentar o treinador. A autoridade catari chegou cheia de pompa com seus assessores e acompanhado pelo presidente da CBF, Ednaldo Rodrigues.
Bom retrospecto
A Croácia é conhecida de estreias brasileiras em mundiais. Na Copa da Alemanha, em 2006, as duas seleções abriram a competição com vitória brasileira por um a zero, gol de Kaká, em Berlim. Em 2014 novo triunfo canarinho. Na Arena Corinthians deu Brasil 3 a 1.