O Brasil tem muito mais time do que a Coreia do Sul. E comprovou isso em campo. Não apenas na técnica, mas em um ponto que foi fundamental para a equipe asiática avançar da primeira fase: o aspecto físico, o fôlego.
Descansados após ficarem de fora do duelo contra Camarões, os principais jogadores brasileiros entregaram tudo no primeiro tempo. Agressividade na marcação, dribles, organização tática e, principalmente, efetividade. Esse combo garantiu que em 30 minutos a parada estivesse resolvida.
A partir daí, deu para controlar as ações, mesmo que Alisson precisasse trabalhar mais do que o ideal. O segundo tempo pode até deixar um ponto de interrogação quanto a sequência na Copa, mas é preciso entender os caminhos de um torneio eliminatório.
Diante da Croácia, o jogo é diferente. E aí, sem testes, chance para goleiro reserva ou improvisações, o Brasil de Tite será testado outra vez. O ponto positivo é que a confiança adquirida ontem tende a ser decisiva para levar a Seleção às semifinais.
A dança que incomoda
As dancinhas feitas pelos jogadores da Seleção Brasileira para celebrar os gols da vitória em cima da Coreia do Sul, por 4 a 1, pelas oitavas de final, deram o que falar. O ex-jogador do Manchester United e hoje comentarista da ITV, do Reino Unido, Roy Keane, afirmou durante a transmissão que o gesto teria desrespeitado os adversários.
– Não gosto disso. Acho que é um desrespeito – afirmou. – Foram quatro (gols) e eles fizeram todas as vezes. Eu não me importaria com a primeira dancinha, seja lá o que for aquilo, mas eles ainda estão envolvendo o técnico depois da comemoração inicial. Não estou feliz com isso, não acho nada bom.
Isso não é uma novidade, ainda mais na Europa. Recentemente, Vini Jr foi alvo de racismo por suas comemorações na Espanha. O que era para ser um momento de alegria, de extravasar a euforia agora é considerado uma ofensa?
A dança faz parte da Copa. Foi assim com Camarões, com a Colômbia, e tantos outros países em edições anteriores. O fato é que o futebol está ficando cada vez mais chato. Aqui e lá fora. Enquanto houver Copa, que o Brasil continue bailando e dançando até o hexa.