Nunca é hora para alguém ficar doente. Em tempos de covid-19, muitos clubes estão padecendo com desfalques de atletas em momentos importantes ou de integrantes da comissão técnica. A vítima da vez é o colorado Miguel Ángel Ramírez. Se houvesse como escolher momentos para se contaminar e não poder trabalhar, por certo o treinador descartaria os dias atuais. Ele seria a figura fundamental no comando do Inter nos próximos jogos para orientar diretamente seus atletas.
O técnico fará muita falta na beira do gramado, como acontece com todos, mas esta seria a hora da implantação de alterações nas suas propostas de jogo. A partir do confronto com o Vitória, provavelmente já surgiriam as tentativas de adaptação ao que foram, no mínimo, sugeridas pela diretoria. Agora, qualquer novidade que apareça virá de forma indireta, com a participação do assistente Martin Anselmi e sem a naturalidade da presença in loco do comandante.
Por certo quem mais lamenta, por todos os motivos, a infecção por coronavírus, é Miguel Ángel Ramírez. Antes de pensar em seu time, há a própria saúde como prioridade. É isto, aliás, que precisa estar no pensamento dos colorados. Que venha a recuperação plena para o treinador reassumir o processo de mudança que a equipe precisa apresentar, não só para contentar dirigentes, mas para melhorar o desempenho. Ramírez merece solidariedade e torcida por sua melhora.
Era a pior hora possível para estar longe do campo, exatamente no momento em que sua imunidade no cargo se mostra mais frágil.