É sabido e admitido que o Grêmio precisa de reforços. A diretoria já garantia e prometia isto ainda quando o comandante era Renato Portaluppi. Por certo, a posse de Marcos Herrmann e a chegada de Tiago Nunes não mudam esta realidade.
Antes que isto aconteça, porém, já é possível ao novo treinador, logo na sua estreia, mudar a cara do time. Com o que tem no elenco, o novo técnico pode colocar um novo desenho já contra o Ypiranga, neste sábado (24).
Renato Portaluppi praticamente nunca abriu mão de seu 4-2-3-1, criando titularidades absolutas, como Alisson, e não conseguindo se resolver na primeira função do meio-campo há algum tempo.
Se lembrarmos o Athletico-PR de Tiago Nunes, em seu melhor trabalho, há a possibilidade de reproduzir no Grêmio o desenho do 4-1-4-1 imediatamente. Ainda que possa haver um estranhamento dos atletas, a mexida não radicaliza tanto o jeito de jogar, mas pode colocar em ordem a equipe.
Curiosamente, a recente e polêmica contratação de Thiago Santos vem a calhar para a possibilidade de alteração tática por parte de Tiago Nunes. Ele é o típico volante para proteger a zaga.
A grande novidade está na segunda linha de quatro jogadores, que tem Matheus Henrique, Jean Pyerre e Ferreira obrigatoriamente. Dificilmente optando por Alisson, fica aberta a disputa entre os garotos velozes, como Léo Chu e Léo Pereira, ou até o menos agudo Pinares para o lado direito. A primeira missão será fazer funcionar algo que é diferente, mas está longe de se mostrar uma revolução.
A dificuldade tricolor, se Tiago Nunes fizer a adaptação de esquema logo nos primeiros jogos, será a velocidade de transição, algo que pode contar também com a qualidade ofensiva de seus laterais. Lembremos a ascensão de Renan Lodi no Athletico-PR — quem sabe o ainda não justificado Diogo Barbosa esteja diante de seu momento mais favorável. As primeiras respostas chegarão, provavelmente, após o próximo sábado.