Durante o Gauchão deste ano, o centroavante Da Silva foi emprestado pelo Grêmio ao Caxias. Com 21 anos, o atacante não chegou a se firmar como titular na campanha do vice-campeonato estadual.
O clube caxiense se ensaiou para pedir a prorrogação do empréstimo, mas foi informado de que a ideia gremista era de seu retorno para ser aproveitado no time de transição e posteriormente no grupo principal. O jogador nem atuou na decisão do campeonato em função da cláusula que o impedia de jogar contra sua equipe de origem.
Na volta ao Grêmio, mesmo com a experiência adquirida num outro clube, Da Silva não foi usado nunca como opção para a vaga de Diego Souza. Isto pode até ser encarado como normal, dada a juventude e a inexperiência do jogador, mas ele tinha algo que outros testados por ali não tinham, a característica do típico centroavante.
Com 1,87 metro de altura, o atleta recebe constantes elogios de quem trabalha no grupo de transição. É voz geral, desde a passagem no Caxias, a excelente qualidade para fazer a jogada de pivô e movimentos rápidos para a finalização, sempre aproveitando a vantagem física. Ele é o representante da "centroavância" típica no time de aspirantes do Grêmio, reconhecem os próprios gremistas.
A contratação de Diego Churin tende a colocar fim, pelo menos momentaneamente, na carência de centroavantes no elenco de Renato Portaluppi. No time de transição seguirá Da Silva, que não permaneceu no Caxias porque o Grêmio tinha planos para ele, e sequer o testou quando houve extrema necessidade de alguém com suas características.
Por mais que isto fosse para um prazo mais adiante, outros ganharam chances, até com improvisações. Quem não é testado fica até sem o direito até de não dar certo. Orejuela adiantado à frente de Victor Ferraz que o diga.