Não existe expectativa maior no Inter e torcida de quem gosta do bom futebol do que em relação à volta de Rodrigo Dourado aos campos. A sucessão de explicações superficiais nos últimos tempos, porém, só servem para aumentar a série de dúvidas sobre o real estado do volante que há um ano priva o time de sua qualidade e liderança. Por delicada que é a situação, não se deve cobrar prazos definitivos, mas também não é boa a falta de pareceres de especialistas.
Vai para o sacrifício um dirigente como Alessandro Barcellos quando questionado sobre o jogador que não figura na relação da delegação que foi a Curitiba sem Musto e Edenílson. O vice-de-futebol dizer que "trata-se de uma lesão muito grave, mas que está em processo de evolução", nada traz de novo no que o clube já havia dito tempos atrás. Da mesma forma, afirmar que "o atleta está treinando com os demais companheiros, inclusive em coletivos", só aguça a curiosidade e aumenta a tensão de quem admira o jogador e torce por ele. Não há nada de errado ou duvidoso nas respostas de Barcellos. Elas apenas são dadas por alguém que sensatamente não fornece detalhes técnicos e específicos de uma lesão ou de sua recuperação.
O departamento médico do Inter já se pronunciou e detalhou o caso do jogador. A última entrevista; entretanto, aconteceu em janeiro deste ano e até uma previsão de volta em abril foi dada. Uma pubalgia foi a novidade naquele momento, quando se falava unicamente da cirurgia no joelho. Depois disso, até em tratamentos não convencionais se falou. Está na hora de uma atualização, não só dos médicos, mas também da preparação física, ou até da área técnica, dadas as notícias de que Dourado já treina com os demais companheiros.
O que não se pode é jornalistas ficarem insistindo com as pessoas do clube e os torcedores para com os repórteres fazendo a mesma pergunta sobre "Quando volta Rodrigo Dourado?" e as respostas parecerem evasivas. Isto é ruim para o atleta que não merece este tipo de exposição e para quem quer saber como e quando ele voltará, especialmente porque sua posição é um ponto nevrálgico no time de Eduardo Coudet. Em condições boas, Dourado é titularíssimo.