Conhecido há muito nas seleções de base do Brasil, com participação no Torneio de Toulon em 2017 e Campeonato Sul-Americano sub-20 no ano passado, convocado por Tite para treinar com a equipe principal por duas oportunidades e integrante do grupo brasileiro que classificou-se para a Olimpíada de Tóquio, o goleiro Phelipe Megiolaro foi emprestado até dezembro pelo Grêmio para jogar nos Estados Unidos.
O FC Dallas, clube no qual joga o zagueiro Bressan e que tem como diretor o ex-gremista André Zanotta, pode até ficar em definitivo com o jogador ao final do contrato. Chega a ser estranha a liberação de um jovem de 21 anos com este currículo quando o clube possui três de seus quatro goleiros com idade acima dos 30 anos.
Entre os motivos para a liberação de Megiolaro está a possibilidade de ele adquirir experiência para um eventual retorno com mais maturidade. Caso a volta não se confirme, com os norte-americanos exercendo a opção de compra, virá um reforço de caixa através de alguém valorizado. Fundamentalmente, porém, há uma razão maior dentro do próprio elenco tricolor: Brenno.
Com os mesmos 21 anos do campineiro Phelipe Megiolaro, mas com 1m88cm de altura, três centímetros a mais, Brenno, também paulista, mas de Sorocaba, há algum tempo vinha se colocando à frente do concorrente na base gremista e até no elenco principal.
Quando da convocação de Megiolaro para participar experimentalmente do grupo de Tite, antes da Copa América do ano passado, houve surpresa pelo fato de o goleiro estar naquele momento na reserva no time de transição. O titular era Brenno.
Os três centímetros a mais na altura contaram pontos nesta disputa. Phelipe Megiolaro recebe contestações por ser considerado baixo para os padrões atuais de goleiros. Nas ocasiões em que estiveram em jogos oficiais, sempre com times alternativos, também há vantagem para Brenno, que, entre suas três atuações, conta com uma vitória com grande atuação em um Gre-Nal, no Gauchão do ano passado. Há também a disputa contra o Pelotas da Recopa Gaúcha 2020, perdida nos pênaltis. Megiolaro atuou duas vezes no final de 2019. Em ambas houve derrotas, para Fortaleza e Goiás.
A atuação naquele clássico de 2019 contou muito internamente para Brenno. Ele é visto como um goleiro ágil e firme, tanto nos movimentos como na postura em campo. É destacada por quem o conhece do trabalho a boa capacidade com os pés, sendo considerado muito seguro no enfrentamento direto com atacantes. Foram estas características que garantiram à diretoria uma reposição para a saída de Pehelipe Megiolaro.