A legalização do porte de maconha em alguns estados americanos está forçando a aposentadoria precoce de cães farejadores. Como foram treinados para localizar qualquer tipo de droga, animais experientes — com mais de 170 prisões no currículo — estão sendo afastados do trabalho porque já não conseguem diferenciar o cheiro de substâncias ilegais daquelas que agora são consideradas dentro da lei.
Em locais onde legalizaram a cannabis, incluindo Califórnia, Oregon e Maine, os novos cães recrutas não estão mais sendo treinados para farejar maconha, como mostra reportagem publicada no The New York Times.
No Rio Grande do Sul, apenas dois motivos levam a aposentadoria precoce dos cães: um comportamento agressivo ou problema de saúde.
O Canil da Polícia Federal no Estado possui, atualmente, dois cães detectores de drogas e um de bombas e explosivos. São dois pastores belgas malinois chamados Bo e Mali, e um pastor alemão de nome Jocky.
Os cães detectores de drogas são treinados a farejar todas as drogas de uso comum no Brasil — maconha, cocaína, crack e ecstasy —, além daquelas menos encontradas no país, como heroína, haxixe e skunk.
Eles permanecem por sete anos em média, mas o tempo de serviço pode chegar a oito anos, conforme o desempenho individual.