Uma exibição do filme brasileiro A Filha do Palhaço (2022) dará continuidade à parceria entre a Cinemateca Paulo Amorim, instituição da Secretaria de Estado da Cultura (Sedac), e o Goethe-Institut, local da sessão nesta sexta-feira (28), às 19h. Os ingressos custam R$ 16 e podem ser comprados antecipadamente, pela chave Pix 91.343.103/0001-00, ou na hora, com cartão de débito. O Goethe fica na Rua 24 de Outubro, 112, em Porto Alegre.
A Sala Paulo Amorim, a Sala Eduardo Hirtz e a Sala Norberto Lubisco estão fechadas desde o dia 3 de maio, quando a enchente inundou a Casa de Cultura Mario Quintana. Ainda não há previsão de reabertura. A administração aguarda o repasse dos recursos anunciados pelo Banrisul no dia 7 de junho para a reconstrução da CCMQ, no valor de R$ 2,6 milhões. Nas salas de cinema, as principais perdas foram poltronas e carpetes. Mas ainda não foi possível testar todos os equipamentos de projeção, som e ar condicionado.
— Esse apoio do Goethe-Institut está sendo fundamental para reencontrarmos o nosso público e manter nossa programação acesa, ainda que seja apenas semanalmente — diz a curadora da Cinemateca Paulo Amorim, Mônica Kanitz.
Devido ao fechamento temporário da Cinemateca, no Centro Histórico, o Goethe-Institut, no bairro Moinhos de Vento, disponibilizou a estrutura de seu auditório para a realização de sessões semanais, propostas pela curadoria da Paulo Amorim. A primeira ocorreu na sexta-feira passada (21), com o documentário Verissimo (2024), de Angelo Defanti, que estreou na CCMQ justamente na semana da enchente atingir Porto Alegre — acabou tendo apenas duas exibições.
A ideia das sessões especiais é exatamente essa: priorizar filmes que quase não puderam ser apresentados ou que acabaram não ganhando espaço nos cinemas da Capital devido à tragédia climática. Foi o caso de A Filha do Palhaço, que tinha estreia prevista para 30 de maio na Cinemateca Paulo Amorim.
Dirigido pelo cearense Pedro Diogenes, o filme aborda a ausência paterna. Demick Lopes interpreta Renato, um homem que trabalha como humorista, fazendo shows em estabelecimentos na noite de Fortaleza. Apesar da alegria das apresentações como Silvanelly, ele não é um sujeito feliz. Um dia, sua filha, Joana (Lis Sutter), de 14 anos, chega para passar um tempinho com ele. Os dois são como estranhos um ao outro: como, em uma semana, compensar anos de distância?