Ticiano Osório

Ticiano Osório

Jornalista formado pela UFRGS, trabalha desde 1995 no Grupo RBS. Atualmente, é editor em Zero Hora e escreve sobre cinema e seriados em GZH e no caderno ZH2.

TV aberta
Opinião

Quem mandou mexer com o cachorro do Keanu Reeves?

"Tela Quente" desta segunda (11), na RBS TV, exibe "John Wick: De Volta ao Jogo"

Ticiano Osório

Enviar email
Lionsgate / Divulgação
John Wick (Keanu Reeves) e Daisy em "De Volta ao Jogo" (2014), de Chad Stahelski

A morte de um cãozinho beagle foi o estopim para o surgimento de uma franquia milionária e para o ressurgimento de Keanu Reeves — protagonista de John Wick: De Volta ao Jogo (2014), cartaz da Tela Quente desta segunda-feira (11), às 23h05min, na RBS TV.

Hoje com 57 anos, Reeves estava longe dos holofotes quando aceitou o papel de John Wick, que permitiu ao ator retomar os filmes de ação, gênero marcante em sua trajetória — vide Caçadores de Emoção (1991), Velocidade Máxima (1994) e a trilogia Matrix (1999 a 2003). O ator canadense nascido no Líbano interpreta um assassino profissional aposentado que, após a morte da esposa (Bridget Moynahan) para uma doença terminal, recebe uma beagle chamada Daisy para ajudá-lo a lidar com o luto. Depois de um desentendimento por conta do carro do protagonista, um Mustang de 1969, gângsteres russos invadem a casa dele e acabam matando o cachorrinho. 

Pronto: John partirá para uma vingança temperada por cenas impactantes, personagens curiosos (o elenco inclui Ian McShane, como o dono do hotel Continental, um território neutro e luxuoso no submundo dos matadores, Willem Dafoe, um veterano do ofício, Adrianne Palicki, como Ms. Perkins, e Alfie Allen, o Theon Greyjoy da série Game of Thrones, aqui na pele do arrogante e tolo filho de um mafioso), violência coreografada e mortes sem fim.

Escrito por Derek Kolstad, que recém estava começando a carreira, e dirigido pelo estreante Chad Stahelski, um ex-coordenador de dublês, De Volta ao Jogo revelou-se um sucesso de crítica e de público: tem 86% de avaliações positivas no Rotten Tomatoes e arrecadou nas bilheterias US$ 86 milhões — não parece muito, mas representa quatro vezes o seu orçamento. Abriu as portas para John Wick: Um Novo Dia para Matar (2017), que custou US$ 40 milhões e levantou US$ 171,5 milhões, e para Parabellum (2019), produção de US$ 75 milhões que alcançou os US$ 326,7 milhões na venda de ingressos. Um quarto e um quinto filme vêm aí.

Também abriu as portas para outros dublês assumirem a cadeira de diretor para mostrar como se faz um filme de ação. Um deles foi David Leitch, colaborador não creditado de Stahelski no primeiro segmento de John Wick e realizador de Atômica (2017), com Charlize Theron, e de Deadpool 2 (2018), com Ryan Reynolds. Outro destaque é Sam Hargrave, coordenador dos profissionais chamados de stunts em Hollywood em títulos como os próprios Atômica e Deadpool 2, além de Vingadores: Ultimato (2019). É dele o intenso Resgate (2020), estrelado por Chris Hemsworth.

Lions Gate / Divulgação
Keanu Reeves, Halle Berry e os pastores belgas de "John Wick 3: Parabellum" (2019)

Ah, vale dizer que o elenco canino é uma das marcas da franquia. Depois da morte de Daisy, John Wick adota um pitbull. Já em Parabellum, Halle Berry interpreta uma personagem, Sofia Al-Alwar, que está sempre acompanhada por dois pastores belgas muito bem treinados, que dão show ao atacar bandidos em ruas e telhados — isso mesmo, cachorros escalam telhados! — do Marrocos.

GZH faz parte do The Trust Project
Saiba Mais
RBS BRAND STUDIO

Gaúcha Hoje

05:00 - 08:00