O mundo lembrará nos próximos dias os 35 anos do pior acidente nuclear da história. Foi o da usina de Chernobyl, ocorrido entre 25 e 26 de abril de 1986 perto da cidade de Pripyat, na Ucrânia – à época, ainda uma república pertencente à União Soviética (URSS). O número de mortos é controverso até hoje, porque o cálculo envolve não apenas as vítimas diretas (bombeiros que combateram o fogo, operários que limparam os destroços, moradores próximos ao local), mas também pessoas que sofreram os efeitos da contaminação — como casos de câncer ou de bebês nascidos com malformação. Um relatório da Organização das Nações Unidas (ONU) de 2005 estima 4 mil mortes, a ONG ambiental Greenpeace sugere 20 vezes mais. Fato é que o desastre demandou um enorme, longo e caro esforço para conter a radiação. Pelo menos 500 mil trabalhadores foram empregados, e em 2010 o sarcófago de concreto erguido às pressas após o vazamento começou a ser coberto por outra estrutura, agora de aço e móvel, inaugurada em 2016 a um custo de 2,1 bilhões de euros financiados por vários países.
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Chernobyl: os 35 anos do acidente nuclear, a minissérie e a pandemia
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Ticiano Osório
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