A história e a literatura gaúchas têm programação especial neste mês de outubro em Porto Alegre, e porque não dizer, no Brasil. O filme A cabeça de Gumercindo Saraiva, dirigido por Tabajara Ruas, quinto longa-metragem da carreira do escritor e cineasta de Uruguaiana, tem mais uma vez como tema a história vivida por esses pagos. Neste caso, a Revolução Federalista e um de seus personagens "mitológicos", como afirma o próprio Ruas, Gumercindo Saraiva, que tem sua cabeça degolada em uma das mais sangrentas revoltas desse país. O filme teve pré-estreia na última terça-feira, dentro das comemorações dos 160 anos do Theatro São Pedro.
Com música de Celau Moreyra e um elenco estrelado prioritariamente gaúcho, A Cabeça de Gumercindo Saraiva estreia para o público no próximo dia 25 de outubro, sempre às 19h, no Cinemark, em 20 salas de 14 capitais brasileiras. Ficará em cartaz por duas semanas.
No elenco, Marcos Verza, Sirmar Antunes, Marcos Breda, Rogério Beretta e o brasiliense que adora andar a cavalo e antigo amigo das produções gaúchas, Murilo Rosa. O papel do filho de Gumercindo, Francisco, é protagonizado pelo ator Leonardo Machado, recentemente falecido.
Neste domingo, Tabajara, o diretor de arte Eduardo Antunes e ainda o músico Pirisca Grecco, estão no Galpão Crioulo na RBS TV, falando sobre cinema e prestando uma bela homenagem a Léo, em um programa emocionante.
Tem Causo pra rir e cantar!
No palco do teatro é a vez de Luiz Coronel, que completa seus oitenta anos em 2018, ganhar vida com os atores Fernanda Carvalho Leite, Oscar Simch e o músico Elton Saldanha. Causos do Coronel — A Comédia Gaúcha é uma celebração a nossa cultura, encenando histórias e canções do autor bajeense e reunindo textos de livros, como O Cavalo Verde, O Cachorro Azul, O Gato Escarlate e Filé de Borboleta, de onde foram extraídos mais de 14 casos para a montagem da peça.
A direção e o roteiro são de Claudio Levitan e a estreia ocorre neste domingo no Teatro do Bourbon Country em Porto Alegre, depois segue para São Leopoldo e algumas cidades do Interior.
Coronel nos conta que o causo é uma das tradições orais mais autênticas do Rio Grande. Ingênuo e diferente da anedota, sempre conta com uma pitada de humor travesso, irreverente, opositor.
— Ele vem do índio, acompanha as longas conversas de galpão, colhe uma maneira graciosa de ver o mundo, a vida, os homens e mulheres da pampa — diz o autor.
E tudo isso ainda trilhado com canções eternizadas pelo poeta e seus parceiros musicais no repertório nativista. Uma baita dica! É a cultura regional do Sul, cada vez em mais palcos, cenários e espaços!