O jornalista Paulo Egídio colabora com a colunista Rosane de Oliveira, titular deste espaço
Responsável pela interlocução do governo estadual com os gestores municipais, o coordenador do Gabinete de Prefeitos, Salmo Dias de Oliveira (PP), é um dos 35 ex-prefeitos gaúchos denunciados pelo Ministério Público (MP) em um suposto esquema de propina na compra de máquinas agrícolas. O MP aponta que os crimes teriam ocorrido entre 2010 e 2015 em 51 municípios do Estado.
No caso de Salmo, a denúncia diz que ele teria recebido R$ 15 mil em 2015 de um vendedor da empresa Mantomac para garantir a compra de uma escavadeira para a prefeitura de Rio dos Índios. Na época, ele era prefeito da cidade. O episódio configuraria o crime de corrupção passiva.
A denúncia é baseada na delação de donos da fornecedora, sediada em Santa Catarina.
À coluna, Salmo negou ter recebido o dinheiro, disse que não conhece o vendedor citado na denúncia e frisou que a licitação aberta pela prefeitura enquadrava outros dois tipos de máquinas.
— Tenho convicção de que, no final, isso vai ser esclarecido. Tenho 30 anos de vida pública, fui duas vezes prefeito e nunca tive um único processo — afirmou.
Salmo é suplente do PP na Assembleia Legislativa e já foi presidente da Famurs.
Além dos 35 ex-prefeitos, foram denunciados três ex-vice-prefeitos e quatro ex-secretários municipais.