O jornalista Bruno Pancot colabora com a colunista Rosane de Oliveira, titular deste espaço
Com as eleições municipais no radar, a deputada federal e presidente nacional do Podemos, Renata Abreu, desembarcou nesta quinta-feira (15) no Rio Grande do Sul com a missão de filiar vereadores e prefeitos ao partido. Um dos alvos prioritários da legenda é o prefeito de Guaíba, Marcelo Maranata, que foi convidado a trocar o PDT pelo Podemos. Maranata não respondeu sim nem não.
Os planos do Podemos para outubro são ambiciosos. Aproveitando o vácuo deixado pelo antigo PTB (hoje PRD), implodido após os arroubos do então presidente Roberto Jefferson, o Podemos tem a meta de eleger 200 vereadores e 30 prefeitos e vices no Rio Grande do Sul.
Em Santa Cruz do Sul, o partido aposta na candidatura da vereadora Nicole Weber à prefeitura. Ex-PTB, Nicole é oposição à prefeita Helena Hermany (PP). A vereadora, que é noiva do presidente do PP, Covatti Filho, assumiu a presidência do Podemos em Santa Cruz nesta quinta-feira, em evento com a presença da presidente nacional e de líderes regionais do partido.
Mais cedo, em Porto Alegre, Renata Abreu se reuniu com o vice-governador Gabriel Souza (MDB) no Centro Administrativo Fernando Ferrari. Renata e Gabriel conversaram sobre a sucessão em 2026, quando o emedebista deverá concorrer ao Piratini, e projetaram o cenário político nacional.
— O Gabriel tem uma história no MDB. A gente respeita a liderança do presidente nacional do MDB, Baleia Rossi. Mas deixamos sempre a porta aberta — disse Renata ao ser perguntada pela coluna se convidou o vice-governador para ingressar no partido.
Na sexta-feira (16) pela manhã, a presidente nacional do Podemos se reúne com o governador Eduardo Leite no Palácio Piratini.
Herdeiro do antigo Partido Trabalhista Nacional (PTN), o Podemos tem a nona maior bancada da Câmara, com 15 deputados, a quinta no Senado, com sete cadeiras. Embora se declare independente e tenha parlamentares com perfil bolsonarista no Estado, o partido conta com cargos no governo Lula e se define como de centro-direita.
— O Podemos é um partido de centro-direita. Mas a gente tem uma linha muito mais programática no sentido de causas. Por exemplo: o fim do foro privilegiado, a prisão em segunda instância, a educação cidadã e política nas escolas — ilustra Renata.