Em telefonema para o presidente de Israel, Isaac Herzog, o presidente Lula agradeceu o apoio para a operação de retirada dos brasileiros que desejam retornar ao nosso país. Lula reafirmou a condenação brasileira aos ataques terroristas e a sua solidariedade com os familiares das vítimas.
“Solicitei ao presidente todas as iniciativas possíveis para que não falte água, luz e remédio em hospitais. Não é possível que os inocentes sejam vítimas da insanidade daqueles que querem a guerra”, disse Lula.
O presidente acrescentou que transmitiu seu apelo por um corredor humanitário para as pessoas que queiram sair da Faixa de Gaza pelo Egito tenham segurança. E reafirmou que o Brasil está à disposição para tentar encontrar um caminho para a paz.
O Palácio do Planalto divulgou a primeira foto de Lula após a cirurgia em que colocou uma prótese no fêmur e fez correção nas pálpebras. O presidente está em recuperação no Palácio da Alvorada.
Se no primeiro momento Lula foi criticado por não citar nominalmente o Hamas na ação terrorista de sábado, em Israel, é preciso reconhecer os acertos posteriores. O primeiro e indiscutível foi a agilidade na mobilização da Força Aérea Brasileira para repatriar os brasileiros que estavam em Israel a passeio e queriam/querem voltar para casa.
Já foram três viagens de Tel-Aviv para o Brasil. Um avião da Presidência da República partiu para o Egito em uma missão necessária, ainda que incerta: trazer de volta os brasileiros que estão em Gaza ameaçados de morrer pelas bombas de Israel ou de fome diante do bloqueio. São, principalmente, mulheres e crianças.
Lula também acertou ao propor na ONU a criação de um corredor humanitário para enviar comida, água a e remédios à Faixa de Gaza, mas nesse ponto Israel está sendo intransigente. As autoridades dizem que a prioridade é liquidar com o Hamas e que não há espaço para corredor humanitário, mesmo sabendo-se que morrerão inocentes.