Depois da fala do ex-governador Tarso Genro (PT) declarando apoio ao tucano Eduardo Leite no segundo turno da eleição no Rio Grande do Sul, o candidato do PSDB tomou a iniciativa de ligar para agradecer pela manifestação. Foi Tarso quem contou do telefonema, em uma publicação no Twitter.
O petista usou três posts para falar do assunto. No primeiro, revelou que Leite ligou para ele, como fará com todos os ex-governadores, para avaliação do quadro político no Estado.
"Não avançamos, é óbvio, para nenhuma negociação, pois não tenho mandato do PT para isso. Agradeci a sua gentileza e confirmei que meu voto será dele, pois sustento que os tempos que atravessamos recomenda que devemos compor uma Frente Eleitoral em defesa do Estado de Direito, contra os radicais extremistas e neofascistas, que querem acabar com a democracia de 88, já sob ataque do bolsonarismo. A chave é a 'questão nacional' e o centro dela está em Lula, que é um democrata inequívoco, exala igualdade e respeito, não a raiva do preconceito. Não devemos depreciar da amplitude para derrotar a mentira e a maldade incrustada hoje poder. O que ocorreu com a Itália e a Alemanha no Século XX é um alerta dramático!", escreveu Tarso na sequência.
Leite definiu o telefonema como "uma boa conversa entre ex-governadores, refletindo sobre o momento político, sem tratar de alianças ou apoios". O tucano agradeceu a Tarso pela manifestação de apoio feita horas antes.
Dos antecessores, Leite já tem garantido o voto de apenas dois, Tarso e Germano Rigotto (MDB). Por exclusão, Olívio Dutra (PT) também deve votar no tucano.
Jair Soares (PP) fechou com Onyx Lorenzoni (PL), e Alceu Collares (PDT) não vai se manifestar. Pedro Simon e José Ivo Sartori, ambos do MDB, ainda não se manifestaram.
Antônio Britto, que declarou voto em Lula, transferiu o título para São Paulo e, portanto, terá de escolher entre Tarcísio Gomes de Freitas (Republicanos) e Fernando Haddad (PT).