A coluna procurou os ex-governadores e o atual governador do Rio Grande do Sul, Ranolfo Vieira Júnior, e perguntou como cada um irá se posicionar no segundo turno entre o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e o presidente Jair Bolsonaro (PL). A maioria dos ex-governadores respondeu que ainda não tem posicionamento formal sobre a eleição nacional.
Jair Soares (PP) apoia Bolsonaro.
Antônio Britto (sem partido), que vota em São Paulo, Olívio Dutra (PT) e Tarso Genro (PT) apoiam Lula.
Confira as respostas:
Jair Soares (PP): apoia Bolsonaro
"Não dá para repetir a corrupção no país. Os juízes decidiram, condenaram e descondenaram (Lula). Não tem comparação. Vão dizer que o Bolsonaro fala demais, mas temos de ver como está a economia, o PIB, as previsões, o dólar, o desemprego. Tem muita coisa boa. Não vamos divulgar só o que é ruim. Eu sou um democrata de verdade, sou um homem moderado. Temos que ter princípios democráticos. Ele (Bolsonaro) tem os defeitos que todos temos e tem as virtudes que alguns de nós têm mais que outros", disse à coluna.
Pedro Simon (MDB): ainda não se posicionou
O ex-governador Pedro Simon informou à coluna que ainda não definiu oficialmente se apoia Lula ou Bolsonaro ou se fica neutro na disputa presidencial
Alceu Collares (PDT): não irá se posicionar
No primeiro turno, apoiou Ciro Gomes (PDT). Por questões de saúde, Collares não irá se posicionar no segundo turno.
Antônio Britto (sem partido): apoia Lula
Adversário do PT em eleições estaduais pretéritas, Antônio Britto disse à coluna que votará em Lula e justificou que é "hora de defender a democracia".
Olívio Dutra (PT): apoia Lula
Quadro histórico do PT, Olívio foi ministro das Cidades do primeiro governo Lula, entre 2003 e 2015. Neste ano, concorreu ao Senado e ficou em segundo lugar, com 37,85% dos votos válidos. É aliado natural de Lula.
"Nós temos um lado muito claro, que é a defesa da Democracia. O PT é LULA", disse Olívio, em nota.
Germano Rigotto (MDB): sem resposta
A coluna enviou mensagem e telefonou para o ex-governador Germano Rigotto, mas não obteve retorno até a publicação deste texto. Rigotto coordenou a campanha de Simone Tebet (PMDB), que declarou apoio a Lula com um discurso forte em defesa da democracia.
Yeda Crusius (PSDB): ainda não se posicionou
A ex-governadora tucana ainda não definiu oficialmente se apoia Lula ou Bolsonaro ou se fica neutra na disputa presidencial. À coluna, escreveu que irá se pronunciar publicamente na próxima semana e ressaltou que o seu "alinhamento é com o centro".
"Como não há uma posição partidária fundamentada, vou esperar até a próxima semana. Todos sabem que meu alinhamento é com o Centro por uma agenda de políticas públicas que reduzam desigualdade, violência. Nenhum dos dois está se comprometendo com qualquer agenda", afirma Yeda.
A ex-governadora é presidente nacional do PSDB Mulher. Yeda lamentou que o partido tenha "abdicado do protagonismo expresso nas prévias democráticas, o que determinou esse fracasso eleitoral". O ex-governador João Doria venceu as prévias do PSDB e seria candidato à Presidência, mas foi rifado pelo próprio partido. Os tucanos acabaram indicando a senadora Mara Gabrilli para vice da candidata do MDB derrotada no primeiro turno, Simone Tebet.
Tarso Genro (PT): apoia Lula
O ex-governador foi ministro da Educação e da Justiça nos dois governos Lula. É aliado natural do petista.
José Ivo Sartori (MDB): ainda não se posicionou
Procurado pela coluna, Sartori não respondeu se irá se posicionar ou não na eleição nacional.
Pessoas que conhecem o ex-governador dizem que, historicamente, o emedebista sempre disse que não vota no PT.
Eduardo Leite (PSDB): neutralidade
Disputando o segundo turno estadual contra Onyx Lorenzoni (PL), o ex-governador Eduardo Leite (PSDB) se manterá neutro na eleição presidencial. Leite afirmou nesta sexta-feira (7) que a disputa nacional é a mais polarizada da história e ressaltou que pretende ser "um governador de todos".
— Diante da responsabilidade que tenho como líder de um projeto político na eleição estadual, não vou abrir meu voto — anunciou.
Na véspera, o tucano já demonstrava que buscaria se descolar da polarização nacional.
— Não preciso ser medido, nesta eleição, por essa régua estreita da polarização nacional, pois eu tenho serviço prestado, eu tenho uma história, uma trajetória com 18 anos de vida pública. Na eleição passada ainda me apresentava à população gaúcha, mas agora as pessoas me conhecem muito bem, sabem como a gente age e faz política.
Ranolfo Vieira Júnior (PSDB): neutralidade
O atual governador Ranolfo Vieira Júnior (PSDB) segue a posição de Eduardo Leite e se manterá neutro no segundo turno da eleição presidencial.