Ciceroneada pelo ex-governador Eduardo Leite (PSDB) e pelo candidato a vice-governador da coligação, Gabriel Souza, a candidata do MDB a presidente, Simone Tebet, debutou na Expointer nesta quinta-feira (1º). Simone chegou à Casa Branca, sede do governo do Estado no Parque Assis Brasil, por volta das 14h. Foi recebida pelo governador Ranolfo Vieira Júnior e pelo ex-ministro Eliseu Padilha. Leite juntou-se ao grupo logo em seguida e, acompanhados de líderes e candidatos do MDB, saíram em caminhada até a sede da Farsul, primeira das entidades visitadas pela candidata.
Com todos os líderes, o começo da conversa era sempre o mesmo: o bom desempenho dela na entrevista ao Jornal Nacional e no debate da Bandeirantes. Simone era a mais entusiasmada:
— Por onde eu passo, sinto isso. As pessoas me dizem que gostaram do meu desempenho e que vão prestar mais atenção em mim. Outros dizem que gostam de mim, mas vão votar em Lula e Bolsonaro. Aperto a mão do mesmo jeito, porque sou da paz.
Sobre o debate, Simone fez uma alegoria com o futebol:
— As torcidas (de Lula e Bolsonaro) foram convocadas para um Fla-Flu, mas os jogadores deles ficaram na retranca. Eu pensei: passa essa bola pra cá que eu jogo.
Ainda pouco conhecida dos eleitores gaúchos, Simone precisava ser apresentada por Leite a cada parada em que eleitores pediram para tirar foto com ele.
— Esta é a senadora Simone Tebet, nossa candidata a presidente — explicava Leite, organizando a foto de tal forma que ela aparecesse.
Na Farsul, onde deu uma breve entrevista coletiva, antes de seguir para visitas a outras entidades, Simone repetiu que tem esperança de quebrar a polarização entre Lula e Bolsonaro dialogando diretamente com os eleitores. Repetiu que seu partido está dividido, que ela teve de recorrer à Justiça para conseguir ser candidata, mas está confiante:
— Quem escolhe é o eleitor. O Brasil precisa acabar com essa guerra para voltar a crescer e acabar com a fome, a miséria e o desemprego. Precisamos de menos Lula e Bolsonaro e de mais Brasil.
A candidata mostrou que estava preparada para tratar dos temas do agronegócio. Prometeu, se eleita, um plano safra plurianual, para garantir previsibilidade ao produtor.
ALIÁS
A popularidade de Eduardo Leite na Expointer pode ser medida pelo número de vezes em que ele é interrompido para tirar fotos com eleitores. Leite não só para como se oferece para fazer a selfie.
Coligação bororóblablábororó
A lei exige que ao final da propaganda política sejam mencionados os partidos que integram a coligação, mas quem diz que o eleitor consegue entender o que estão dizendo? Para não gastar tempo, alguns aceleram tanto a citação que se consegue ouvir alguma coisa parecida com bororóblablábororó. Trata-se de um desrespeito ao eleitor e à legislação.
A escola dos partidos é a propaganda de remédios, que termina com “se persistirem os sintomas, um médico deve ser consultado”.
Nos dois casos, deveria existir um limite para a aceleração.