Nas agendas com empresários, analistas de bancos e autoridades dos Estados Unidos, o governador Eduardo Leite mostra o Rio Grande do Sul como o Estado em que qualquer gaúcho gostaria de morar e brasileiros e estrangeiros teriam motivos de sobra para investir. Na apresentação de 18 minutos que fez na tarde desta quarta-feira (9) na Câmara de Comércio dos Estados Unidos, Leite impressionou a anfitriã, Renata Vasconcellos, diretora sênior de políticas públicas do Conselho Empresarial Brasil-Estados Unidos:
— É verdadeiramente impressionante. Esse slide (com a síntese das reformas) deveria ser para o Brasil. Você é um exemplo que deveria ser seguido por outros Estados do seu país. Um líder jovem, conectado.
Quando iam começar as perguntas, a imprensa foi convidada a se retirar, mas dois participantes confirmaram que Leite foi questionado sobre sua provável candidatura a presidente e respondeu que ainda está avaliando e que tem 20 dias para decidir sua vida.
O Rio Grande do Sul do PowerPoint de Leite, que impressionou Renata, é um Estado moderno, inovador, que desburocratizou seu sistema de licenciamento para se tornar um ambiente favorável aos negócios, fez as reformas administrativa e previdenciária e conseguiu equilibrar as contas depois de sucessivos anos de déficit. O governador destacou ainda que o Estado está no centro do Mercosul e que em um raio de 1,5 mil quilômetros vivem 150 milhões de pessoas e se concentra 70% do Produto Interno Bruto de América do Sul. Citou as universidades, o elevado grau de escolarização da população e os investimentos previstos em 17 áreas pelo programa Avançar.
Em outra lâmina, foram apresentadas as oportunidades de investimentos em concessões, privatizações e parcerias público-privadas. Na área da sustentabilidade, hoje preocupação dos investidores internacionais, o governador citou a reforma do Código Ambiental e projetos de produção de energia limpa, hidrogênio verde e biometano. Ao falar de educação, passou rapidamente pelo slide que fala em recuperação das aulas, uma intenção que ainda não se concretizou.
A apresentação é a mesma feita a analistas de bancos, investidores privados e organizações visitadas em 2019, quando esteve nos Estados Unidos e falou sobre seus planos para a modernização do Estado.
A agenda em Washington começou com uma visita ao IFC, braço do Banco Mundial que financia investimentos privados, com um almoço oferecido pelo embaixador Nestor Forster, seguido de encontro com o secretário-geral da Organização dos Estados Americanos, Luís Almagro, e visita à AES, empresa de energia, e à sede da Amazon Web Services.