Na chegada à embaixada do Brasil em Washington para um encontro com o embaixador Nestor Foster, o governador Eduardo Leite foi questionado por GZH sobre as críticas dos consumidores à demora no atendimento da CEEE Equatorial, alguns sem energia desde domingo (6). Leite disse que já pediu a sua equipe para acionar as agências reguladoras, Aneel e Agergs, a quem cabe fiscalizar o cumprimento do contrato.
— A CEEE não era dona da energia, como a Equatorial não é. É concessionária de um serviço de interesse público e sujeita à regulação. Naturalmente, se ela não estiver cumprindo os prazos, tem de ser punida, como a CEEE era — afirmou.
Leite discordou das críticas à privatização da CEEE e disse que já pediu um levantamento do tempo de resposta da CEEE pública em caso de eventos climáticos semelhantes ao do temporal de domingo:
— Os problemas que estão sendo registrados não tiram o mérito do acerto que foi a privatização da companhia. A CEEE, como empresa pública, também não conseguia prestar atendimento satisfatório e se encaminhava para perder a concessão.
Leite disse que se a CEEE perdesse a concessão, o Estado ficaria com o passivo da companhia sem ter receita, porque ficaria com a empresa sem ter condições de prestar o serviço.
— Com a privatização, a gente conseguiu evitar que o passivo da companhia ficasse nos cofres públicos, tirando dinheiro que deveria voltar para a população na forma de investimento — ressaltou.
O governador insistiu que "não corresponde à verdade a avaliação de que o serviço prestado pela Equatorial é pior do que o da antiga CEEE":
— É claro que estamos em um ano eleitoral e isso dá oportunidade de crítica aos contrários à privatização, que estão se aproveitando da situação, mas se se buscarmos na lembrança, vamos ver as dificuldades que a CEEE tinha para prestar o serviço.