O jornalista Paulo Egídio colabora com a colunista Rosane de Oliveira, titular deste espaço.
Referências das duas regiões com os piores indicadores do plano de distanciamento controlado do governo estadual, os municípios de Canoas, na Região Metropolitana, e de Novo Hamburgo, no Vale dos Sinos, cogitam ampliar ainda mais as restrições caso os níveis de ocupação de leitos de UTI não diminuam nos próximos dias. As duas regiões estão cumprindo a terceira semana sob bandeira vermelha.
Em Canoas, o prefeito Luiz Carlos Busato (PTB) passou parte da segunda-feira (6) em reuniões com equipes técnicas para monitorar o avanço do vírus. Segundo ele, uma das alternativas estudadas é a adesão espontânea à bandeira preta, a exemplo do que ocorreu em Rio Grande, no sul do Estado, para tentar reduzir o contágio rapidamente.
— Estamos avaliando fazer como Rio Grande fez, porque senão ficaremos indefinidamente nesse meio termo e isso acaba prejudicando ainda mais o comércio. A ideia seria fazer esse fechamento geral por alguns dias para depois retomar a normalidade aos poucos — explica Busato.
Em Novo Hamburgo, a prefeita Fátima Daudt (PSDB) pondera que a procura pelo atendimento por problemas respiratórios diminuiu nos últimos dois dias, mas diz que ainda é cedo para concluir se há relação com a imposição da bandeira vermelha na região. Conforme Fátima, o principal problema do município tem sido coibir festas clandestinas e aglomerações entre familiares e amigos.
— Estamos trabalhando muito com a conscientização, mas se percebermos um novo pico de contaminação, infelizmente teremos que apertar as restrições para manter a ocupação de leitos sob controle — adianta a prefeita.
Aliás
Tanto em Canoas quanto em Novo Hamburgo, a desinformação é uma das maiores inimigas das equipes de fiscalização. Não são poucas as pessoas que desdenham do risco da covid-19 ou acreditam em informações falsas que circulam nas redes sociais.