A prefeitura de Rio Grande anunciou neste sábado (4) que, mesmo após a Região Sul passar para a bandeira vermelha no modelo de distanciamento controlado do governo do Estado, o município irá adotar a bandeira preta, mais restritiva, no seu modelo próprio de distanciamento. Anunciado há algumas semanas, é uma parceria com a Universidade Federal do Rio Grande (Furg), que irá analisar semanalmente dados mais aprofundados da incidência do coronavírus no município.
No anúncio, o comitê garantiu que os serviços essenciais, como supermercados, farmácias e indústrias que produzem insumos para alimentação e medicações, não serão afetados pela bandeira preta e poderão continuar abertos. Assim como o Porto do Rio Grande, que poderá continuar operando. Já serviços de comércio e indústria com atividades não essenciais não vão poder operar na próxima semana. O prefeito, Alexandre Lindemayer, irá fazer um pronunciamento nas redes sociais ainda no final de semana explicando o novo decreto e as novas restrições que serão lançadas na cidade na próxima semana.
O município deve lançar nos próximos dias um projeto semelhante ao criado por Pelotas para multar que não utilizar máscaras de proteção ou promover aglomeração na cidade. Rio Grande, que havia anunciado o fechamento da praia do Cassino e de outros espaços de lazer, deve adotar medidas mais duras com o crescimento no número de casos de covid-19 na cidade.
A cidade, que atingiu a capacidade máxima no número de leitos de Unidade de Terapia Intensiva (UTI) exclusivos para covid-19, terá na próxima semana mais 10 leitos para reforçar a estrutura municipal de saúde. Segundo dados da prefeitura, foram registrados até o começo da tarde desta sábado (4) 341 casos de coronavírus. Atualmente, o município é o que mais tem casos da doença no sul do Estado. A Secretaria Estadual de Saúde registra sete mortes no município.