Depois das alterações nos projetos que serão votados nesta semana pela Assembleia, a previsão inicial de um ganho de R$ 26,4 bilhões em 10 anos com o pacote do funcionalismo caiu para R$ 19 bilhões.
— Qualquer concessão que venha a ser feita reduzirá ainda mais esse valor — lembrou o governador Eduardo Leite em entrevista ao Gaúcha Atualidade.
Entre confiante e cauteloso, Leite lembrou que a maior parte dessa economia será obtida nos próximos mandatos. O governador está disposto a ir até o fim com o projeto que iguala a contribuição previdenciária dos policiais militares e bombeiros aos servidores civis. Leite justifica:
– Pela natureza da atividade, que implica riscos, os PMs já têm tratamento diferenciado, com aposentadoria ou pensão integral e paridade nos reajustes. A contribuição para custear os benefícios previdenciários não pode ser definida por uma lei federal. Fere a Constituição.
Obrigação de deputado é votar
Não há desculpa aceitável para os deputados fugirem das votações previstas para a convocação extraordinária, nesta semana. Deputado ganha para dizer sim ou não aos projetos. Omitir-se é desrespeitar os votos dos seus eleitores.
Desde o final de dezembro, todos sabiam que seriam chamados a apreciar os projetos da reforma do Estado que ficaram de 2019.
A justificativa do deputado Pedro Pereira (PSDB) beira o deboche: ele está em um cruzeiro. Por ter comprado o pacote há quatro meses, não abriu mão de parte das férias, como fizeram outros colegas.