O jornalista Paulo Egídio colabora com a colunista Rosane de Oliveira, titular deste espaço.
Apesar de haver um movimento para vetar a distribuição de emendas parlamentares na Assembleia Legislativa, os deputados da base do governo Eduardo Leite já começaram a apresentar os projetos para a aplicação do R$ 1 milhão a que cada um terá direito no orçamento de 2020. A possibilidade de um acordo para a aplicação dos recursos conjuntamente entre as bancadas chegou a ser aventada, mas não houve consenso.
Com isso, cada deputado terá até esta terça-feira (8) para apresentar o texto com a destinação da verba. Contrários ao mecanismo, MDB, Novo, PDT e PT já anunciaram que não utilizarão o recurso. Mesmo críticos à iniciativa, a maior parte dos deputados de PSL e PSB não devem abrir mão e usarão a parcela a que tem direito, assim como Luciana Genro, única deputada do PSOL.
No PSL, o deputado Vilmar Lourenço já definiu que destinará seu R$ 1 milhão à compra de equipamentos para o Hospital Getúlio Vargas, de Sapucaia do Sul, município em que tem base eleitoral.
Mateus Wesp (PSDB) também escolheu o município de origem para receber os recursos. Conforme a assessoria do deputado, a maior parte da verba será alocada nos hospitais de Passo Fundo. A primeira emenda, de R$ 100 mil, será destinada às atividades do Movimento Tradicionalista Gaúcho.
Outro tucano, Luiz Henrique Viana, distribuirá recursos entre cinco municípios da região Sul. A maior parte, R$ 740 mil, será para Pelotas, sua cidade natal.
Luciana Genro, que assinou, junto a MDB, PT e PDT, a iniciativa para que os R$ 55 milhões sejam alocados na Consulta Popular, decidiu que, se a articulação não prosperar, usará o R$ 1 milhão a que tem direito para políticas de prevenção à violência contra mulheres e de assistência a pessoas LGBT+.
Ao propor a indicação aos deputados, o governo estipulou que metade do valor a que cada um teria direito deveria ser utilizado na área da saúde. Os outros R$ 500 mil podem ser destinados livremente pelos parlamentares.