As bancadas do MDB, PT, PDT e PSOL deixaram o discurso de lado e passaram a atuar, na prática, para esvaziar os planos do governo Eduardo Leite de garantir R$ 55 milhões em emendas a parlamentares. As quatro bancadas propuseram formalmente nesta terça-feira (1º) destinar o valor para a Consulta Popular — programa estadual em que a população define o destino de recursos do orçamento.
Para avançar, as bancadas precisam aprovar na Comissão de Finanças a emenda que destina os R$ 55 milhões à Consulta Popular. Depois, há a apreciação em plenário, onde é preciso maioria simples.
Para esvaziar a distribuição de emendas pelo governo Leite, essas bancadas buscam apoio do PSL, PSB e Novo.
— Não adianta ser contrário e não se manifestar. Estamos usando o mecanismo que é direito dos deputados, e trabalhando com os partidos — disse Fábio Branco, líder do MDB, maior partido aliado de Leite na Assembleia.
— Estamos tendo convergência com o MDB em vários pontos, o que é importante para o Estado — destaca o líder do PT na Assembleia, Luiz Fernando Mainardi.
Com a reação dessas bancadas, perdeu o sentido a reunião marcada desde a semana passada entre o governo e os líderes da Assembleia.
O líder do governo na Assembleia, Frederico Antunes (PP), agora articula com os deputados que são favoráveis às emendas parlamentares individuais o apoio aos planos iniciais do Piratini
— O problema é se eles aprovarem essa emenda. Eles podem não aprovar. Existe um outro grupo — destaca Antunes.
