A semana começou com a indicação de três novos secretários pelo governador eleito Eduardo Leite e termina com indefinições em três áreas críticas: segurança, saúde e educação. Foram anunciados Leny Lemos (Planejamento), Tânia Moreira (Comunicação) e Eduardo Cunha da Costa (procurador-geral do Estado).
Ignorando o apelo de empresários, que queriam a manutenção de Ana Pellini, o governador eleito Eduardo Leite anunciou na quarta-feira (12) Artur Lemos como secretário do Meio Ambiente e Infraestrutura. Lemos ficará responsável pelo planejamento das obras as áreas de saneamento, energia e mineração, mas eventuais privatizações serão gerenciadas por um escritório específico.
Mesmo com a oferta de comandar a Secretaria da Educação, o PDT recusou o convite para participar do governo de Eduardo Leite. O principal motivo foi a discordância com as privatizações defendidas na campanha, mas o PDT promete votar com o governo em projetos específicos.
Com a disposição do PT de votar a favor da prorrogação das alíquotas de ICMS por dois anos, o projeto deve ser aprovado na terça-feira (18). A construção da maioria está sendo feita pelo futuro chefe da Casa Civil, Otomar Vivian, que praticamente se mudou para a Assembleia e anda de gabinete em gabinete tentando convencer os deputados de que sem a aprovação do ICMS haverá colapso nos serviços públicos e nas prefeituras em 2019. Os prefeitos pretendem lotar as galerias para pressionar pela aprovação.
A descoberta de uma movimentação financeira de R$ 1,2 milhão em um ano por Fabrício de Queiroz, ex-motorista do deputado estadual Flávio Bolsonaro, senador eleito pelo Rio de Janeiro, virou uma pedra no sapato da família de Jair Bolsonaro.
O ex-motorista depositou R$ 23 mil na conta de Michele Bolsonaro, mulher do presidente eleito. O relatório do Coaf indica que servidores do gabinete da Flávio repassavam recursos para o motorista logo depois de receber os salários. Dias depois de dizer que o depósito na conta de Michele era pagamento de um empréstimo, Bolsonaro declarou:
— Se algo estiver errado, seja comigo, com meu filho ou com o Queiroz, que paguemos a conta deste erro, porque nós não podemos comungar com o erro de ninguém.