O PDT decidiu nesta quinta-feira (13) que não entrará na base do futuro governador Eduardo Leite. De olho nos quatro votos que o PDT tem na Assembleia a partir de 2019, o próximo mandatário havia colocado à disposição a Secretaria da Educação para um indicado da legenda. Integrantes da executiva e deputados estaduais votaram a proposta e, com ampla maioria, decidiram ficar do lado de fora do Palácio Piratini.
No Twitter, o presidente do PDT-RS, deputado federal Pompeo de Mattos, confirmou a notícia e informou que estava providenciando o envio de uma carta ao governador eleito com a decisão.
— Não poderíamos participar de um governo que levará a termo a entrega do patrimônio dos gaúchos — disse Juliana Brizola, que é contra a adesão ao governo, se referindo à intenção de privatizar estatais a partir de 2019.
Pouco antes do segundo turno das eleições, o diretório do PDT havia decidido fazer oposição a qualquer um que vencesse o pleito, tanto José Ivo Sartori quanto Eduardo Leite. Jairo Jorge, nome da legenda na disputa em primeiro turno, ficou em quarto lugar.
Lideranças sindicais e da Juventude pedetistas divulgaram manifesto nesta quinta-feira pedindo para que o partido mantivesse o posicionamento acordado durante reunião do diretório. No governo Sartori, o PDT participou de 2015 a 2017 e ocupou as secretarias de Educação e Obras até decidir sair da base se tornar "independente" na Assembleia.