Meu primeiro cartão de Dia das Mães era uma singela folha branca com a mãozinha do Eduardo carimbada com tinta guache. Fui a última a chegar à festa na creche e encontrei meu filho triste, no colo da cuidadora a quem chamávamos de "vó". Todas as mães chegaram na hora, menos eu que saí no meio do trabalho, peguei mais trânsito do que imaginava e por pouco não perdi a primeira celebração de Dia das Mães. Por que falo isso, 26 anos depois? Porque ainda hoje, sinto uma ponta de culpa pelas vezes em que cheguei atrasada ou precisei pedir a minha irmã que me substituísse no Dia das Mães.
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