Protocolado no dia 30, o requerimento de Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para investigar as supostas irregularidades no Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu), de autoria do deputado estadual Pepe Vargas (PT), obteve, até esta segunda-feira (4), 14 assinaturas. Para criação de uma CPI são necessárias 19 assinaturas entre os 55 parlamentares na Assembleia Legislativa gaúcha.
Quatorze é o mesmo número de assinaturas obtido pela oposição ao governo do Estado para a instauração da CPI que investigaria a privatização da Corsan e que não vingou.
Vargas acredita que esta semana será decisiva para a coleta de assinaturas, uma vez que, na última, muitos deputados estavam envolvidos com a Expointer, o que teria dificultado, segundo o parlamentar, o contato direto com os colegas.
No requerimento, o deputado levanta como justificativa para a instalação da CPI questões como transparência, higidez, controle e efetividade da gestão da saúde pública. Ele defende a investigação sobre as imbricações do Samu com a estrutura administrativa da Secretaria Estadual da Saúde e maiores esclarecimentos sobre as cadeias de responsabilidade no corpo do órgão e maior transparência em relação ao controle de ponto e sobre quem abona eventuais faltas, entre outros temas.
Depois das reportagens reveladas pelo repórter Giovani Grizotti e pelo Grupo de Investigação da RBS (GDI), sobre médicos que atuavam na central de regulação e que descumpriam seus horários, foram afastados o diretor da Central de Regulação da Secretaria Estadual de Saúde (SES-RS), Eduardo Elsade, e o coordenador do Samu, Jimmy Luis Herrera Espinoza.