Do Bambu's ao Von Teese, a Capital perdeu para a pandemia alguns bares icônicos: eram locais que reuniam, cada qual com seu estilo, as diferentes vertentes da esbórnia porto-alegrense. Um deles era o Lola Bar de Tapas, na Castro Alves.
Fechado em abril, após nove anos de intenso movimento, foi um dos ambientes que melhor incorporaram o espírito, digamos, mais descolado – tudo ali transitava entre o moderno e o alternativo, desde as jarras de sangria até a decoração do sobrado azul.
Faz sentido, portanto, que o Lola agora embarque na tendência mais pulsante da cidade: a renovação do Centro Histórico. Com inauguração prevista para a segunda quinzena de outubro, o bar vai reabrir no topo da Casa de Cultura Mario Quintana, no lugar do café que fechou as portas no início da pandemia. A reforma do espaço está na reta final.
– É verdade que estamos vivendo a pior crise do nosso setor, mas Porto Alegre também experimenta um momento de oportunidades: temos a revitalização do Centro, a nova Orla, os primeiros empreendimentos do cais. E, no meio disso, conseguimos nos instalar no prédio mais lindo da cidade – festeja Mahara Soldan, 38 anos, sócia do Lola ao lado da amiga de adolescência Bianca De Lazzari, também 38.
A principal mudança do antigo para o novo Lola, claro, será a variedade do público. Na Castro Alves, aquele era um bar noturno, frequentado especialmente por jovens.
– Agora, seremos o café da Casa de Cultura, com funcionamento das 12h à meia-noite – enfatiza Mahara.
Ou seja: vão atender quem trabalha no Centro, quem quiser almoçar, quem preferir um happy hour, quem for ao teatro. É outra proposta, mas a cara do antigo bar deve se manter:
– As luzinhas, a ambientação, as sangrias, os churros, as papas bravas, esses clássicos do Lola vão junto com a gente.