Nílson Souza
Sempre que os ipês e jacarandás repintam as calçadas de Porto Alegre com suas pétalas multicores, como ocorre neste quarto final da primavera, eu me lembro do Carlos Alberto Dayrell, aquele estudante de Agronomia que subiu numa árvore para impedir sua derrubada por operários que preparavam o terreno para a construção do Viaduto Imperatriz Leopoldina, na Cidade Baixa. Foi um dos fatos marcantes da década de 1970 na Capital, não apenas por desafiar o rigorismo do regime militar, mas também pelo seu significado para o movimento ambientalista em nosso Estado. Pois na semana passada, em um dos eventos da Feira do Livro, tive a oportunidade de recordar o episódio de uma maneira singular – narrado pela própria tipuana que sobreviveu à motosserra.
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