Pouco mais de 24 horas depois da primeira greve do governo de Javier Milei, veio a primeira baixa em sua equipe. O presidente da Argentina exigiu a renúncia do ministro de Infraestrutura, Guillermo Ferraro.
A primeira baixa ocorre apenas um mês e meio depois da posse, tão prematura quanto a paralisação. Segundo a imprensa argentina, foi atribuída a Ferraro a responsabilidade pelo vazamento de uma declaração de Milei em uma reunião de gabinete.
A informação vazada que irritou Milei foi uma ameaça que ele mesmo teria feito na reunião de gabinete da manhã de quinta-feira (25). Incomodado com a demora na aprovação da Lei Ônibus, especialmente com a resistência de governadores de todos os partidos, o presidente da Argentina teria dito que pretendia deixá-los "sem um peso" e "derreter a todos".
A pasta, que inclui transporte, obras públicas, mineração e comunicações, será transformada em uma secretaria do Ministério da Economia comandado por Luis "Toto" Caputo. É bom lembrar que uma das medidas de austeridade de Milei é não fazer investimento público em infraestrutura.
Quando foi ao Congresso defender outro pacote, o da Lei Ônibus, Ferraro havia afirmado que, neste ano, seriam concluídas todas as obras em execução, com prioridade às mais avançadas. E estimou que haveria "mais de 2.500 obras paralisadas por falta de pagamento".
Ao comentar outras substituições em escalões inferiores, o porta-voz da presidência, Manuel Adorni, havia avisado que mudanças "vão continuar acontecendo" e que é "preciso se habituar a coisas que são diferentes neste governo".