Marta Sfredo

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A coluna online é um pouco diferente da GPS da Economia, de Zero Hora, que também assino. Aqui, cabe tudo. No jornal impresso, o foco é em análise dos temas que determinam a economia (juro, inflação, câmbio, PIB), universo empresarial e investimentos.

Acima das expectativas
Análise

Depois de nova surpresa com PIB, projeção para o ano sobe no Focus 

Estimativas mais frequentes sobem de 2,3% para 2,56% na primeira semana, se mercado repetir comportamento vai elevar mais nas próximas semanas

Marta Sfredo

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Depois que muitos analistas revisaram as projeções para o PIB de 2023 ainda na sexta-feira (1º), à luz da nova surpresa positiva do ritmo da atividade econômica, o efeito parcial estimativas apareceu nesta segunda-feira (4) no boletim Focus, do Banco Central (BC).

No painel que reúne uma centena de economistas de instituições financeiras e consultorias econômicas, a estimativa mediana (mais frequente) das estimativas subiu de 2,3% para 2,56%. E se o Focus se comportar como o usual, haverá mais revisões para cima nas próximas semanas. 

Quando o PIB do primeiro trimestre surpreendeu, o primeiro efeito veio logo na segunda-feira seguinte, mas as contas continuaram a ser refeitas nas semanas seguintes. Na época, foi marcado o salto nas projeções de perto de 1% para a casa de 2%. Parece pouco, mas é fácil constatar que as previsões duplicaram. Agora, a aposta dos mais ágeis é de que as estimativas deixem o terreno dos 2% para perto de 3%. 

Mas se as expectativas para o PIB melhoraram, as relacionada com a inflação começam a repiorar. Depois de três meses e meio (cerca de 18 semanas) com redução nas projeções do IPCA para 2023, nesta semana o jogo virou: a mediana subiu de 4,9% para 4,92%. É efeito da confirmação de que os preços dos combustíveis não vão de desvincular da referência internacional, e que isso terá impacto no custo de vida. 

Ao menos até agora, com o que se vê no horizonte, não afeta a perspectiva de mais três cortes de 0,5 ponto percentual na taxa básica de juro até o final de ano, que devem fazer a Selic fechar o ano em 11,75% - como segue no radar do Focus. O efeito dessa "reinflação" discreta é condicionar o juro estritamente a esse plano, sem chancela a sonhos de noites de inverno com podas mais ousadas


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