Após quase um ano da estreia do 5G em Porto Alegre - no dia 29 de julho de 2022 - a Claro lidera o segmento na capital gaúcha, com 42,4% de participação nesse mercado.
Mas para garantir que a nova tecnologia fique mais acessível, a operadora abriu negociações com fabricantes para que ofereçam mais aparelhos que custem menos de R$ 1 mil, ainda uma raridade no Brasil.
Antes da estreia, os telefones chegavam a custar mais de R$ 20 mil. Houve relativa redução - em pesquisa online, a coluna encontrou o mesmo modelo, cotado a R$ 19.699 em dezembro de 2021, por "apenas" R$ 9 mil, com o dobro da memória (1 terabyte) - mas na média os preços ainda são altos.
— Estamos liderando em Porto Alegre, onde já chegamos a 70% dos bairros com 5G, e percebemos maior fluxo de dados nos celulares. Para garantir a ocupação da rede, estamos focando nos handsets (aparelhos). Pedimos aos fabricantes que trouxessem equipamentos abaixo de R$ 1 mil, sem contar subsídio nem plano, e todos se comprometeram a fazer isso até o final deste ano — relatou à coluna o CEO da Claro, Paulo César Teixeira.
Atualmente, diz Teixeira, a operadora consegue oferecer telefones por R$ 1,7 mil sem plano, chega a R$ 900 com venda de serviço incluída e quer contribuir para disseminar o alcance:
— Existem avaliações de que a penetração do 5G é pequena, mas na nossa avaliação, a adoção está bastante rápida comparada ao que foram as introduções do 3G e do 4G. Hoje, temos 12% dos clientes com smartphone já com 5G, e nas áreas de cobertura do sinal, o percentual é superior a 20%. A adoção está vindo com rapidez, até porque as empresas estão investindo valores acima dos exigidos pelo edital (de lançamento da nova tecnologia no Brasil).
No Brasil, a Claro já tem 5G em 92 cidades e, no Estado, oferece a nova tecnologia em Porto Alegre, Gramado e Caxias do Sul. Teixeira lembra que a operadora adotou "lógica mais racional de começar a cobertura por locais em que já havia identificado potencial de demanda.
— Em Porto Alegre, temos o dobro de sites da concorrência e observamos que o cliente do 5G tende a usar até três vezes mais dados no celular, porque a rede entrega mais velocidade.
Segundo Teixeira, a implantação da nova rede não provocou qualquer perturbação na rede, porque o sistema new radio permite colocar a nova frequência no ar sem interferir nas anteriores. Na experiência da Claro, relata, houve alguma perda de qualidade do sinal durante a fase de absorção de clientes de telefonia móvel da Oi em cada mercado - no Estado, a empresa que ficou com essa fatia foi a TIM.
Relatório publicado na terça-feira (16) pela Opensignal sobre o desmepenho do 5G nas capitais apontou velocidade média de download de 250 Mbps, com Porto Alegre muito à frente, com 408 Mbps registrados. Além da gaúcha, só outras duas ficaram acima de 400 Mbps, Teresina (PI) e Curitiba (PR). Em abril, a Pesquisa de Satisfação de Qualidade Percebida da Anatel apontou liderança da Claro no mercado de telefonia pós-paga, com nota de 7,53 no indicador Satisfação Geral. No Estado, a nota média foi de 8,18, a mais alta entre operadores com abrangência nacional.