Fundado em 2013, o escritório Souto Correa divide seu foco entre contencioso e consultorias estratégicas em Direito civil, tributário e empresarial. Começou com 25 advogados trabalhando em um mesmo ambiente, em Porto Alegre, hoje tem mais de 190 profissionais em seus quadros, nas unidades do grupo em São Paulo, Rio de Janeiro e Brasília.
Mesmo crescendo de forma consistente, o escritório teve um ponto de virada a partir de 2020, relata o atual CEO do grupo, Guilherme Rizzo Amaral, que iniciou seu mandato de três anos em janeiro.
— Quando começou a pandemia, além de toda a tragédia sanitária e social, ocorrem muitas mudanças na organização do trabalho. Com a digitalização dessas relações, caem barreiras geográficas, a necessidade de viajar para fazer reuniões. Conseguimos alcançar clientes mais distantes, além de atrair talentos para trabalhar conosco sem que precisem estar fisicamente onde temos escritórios — detalha.
O Souto Correa investiu em tecnologia para viabilizar a operação remota, estabeleceu novo formato de atuação e não precisou suspender as atividades em sequer um dia. O sucesso do modelo de adaptação interna fez com que o escritório passasse a auxiliar os clientes nesse processo.
A possibilidade de expandir a atuação também fora do país, inclusive em temas relacionados a novos formatos de relações de trabalho fez com que o escritório tivesse em 2020 o melhor ano de sua história até então, crescendo 20% em comparação a 2019. Em 2021, repetiu a dose. Neste ano, com a metodologia e o mercado mais estabilizados, os números já superam os do ano passado, com projeção chegar até a 50% de crescimento no ano.
— Muitas dessas mudanças que vemos são irreversíveis, então quem ainda não se adaptou precisa fazer isso o mais rapidamente possível. Além de praticidade, observamos grande aumento de produtividade dos profissionais nesse formato, pois um funcionário que antes perdia muito tempo no trânsito em seu deslocamento até o trabalho, por exemplo, agora pode investir mais em seu lazer, sua saúde física e mental, estar mais perto da família, o que faz com que, no momento do trabalho, esteja mais disposto e produtivo — afirma o CEO.
Nesse período, o escritório viu crescer a demanda por consultoria em Direito Ambiental,dentro do contexto da agenda ESG (governança corporativa, social e ambiental) que tem exigido atenção do meio empresarial. E ainda atuou em regulação e registro de medicamentos e vacinas no país e em inovação e tecnologia, que também evoluiu de forma acelerada.
— O movimento de startups no Brasil cresceu bastante, mas identificamos carência de assessoria jurídica para esses negócios, então criamos o startup hub para assessorar essas novas iniciativas. Temos parceria com o Instituto Caldeira e estamos vendo esse mercado decolar — complementa.
* Colaborou Mathias Boni