Em nota divulgada nesta segunda-feira (30) à tarde, a Confederação Nacional da Indústria (CNI) apresentou um levantamento da situção do setor diante do impacto econômico do coronavírus. Com base em consulta realizada com 734 empresas de pequeno, médio e grande porte, a entidade constatou que 49% das fábricas já enfrenta cancelamento de pedidos. Em 79% houve queda na demanda, em 70/5, redução no faturamento. Uma parcela de 5% relatou aumento da demanda e 2%, elevação intensa.
Apesar do quadro preocupante, o presidente da CNI, Robson Braga de Andrade, reforça no comunicado que a prioridade deve ser a preservação das vidas, seguindo as recomendações da Organização Mundial de Saúde (OMS). O que a CNI defende é uma retomada "responsável, segura e gradativa" da atividade econômica. É uma posição diferente da adotada por entidades empresariais gaúchas, que na semana passada pediram a retomada total das atividades até a próxima segunda-feira, dia 6.
Na avaliação do presidente da CNI, o cenário traçado na consulta reforça a importância de medidas coordenadas entre setores público e privado para que o impacto sobre o emprego seja reduzido e a volta da recuperação da economia não seja ainda mais lenta e mais difícil. O líder empresarial pede que o governo intensifique as ações de combate à covid-19 e a ajuda à população e às empresas.
Afirma que o uso de recursos públicos deve ser direcionado "ao fortalecimento do sistema de saúde e ao alívio da situação financeira das empresas, com a finalidade de preservar os empregos":
– Precisamos ter o equilíbrio necessário para retomar a atividade em alguns meses (destaque feito pela coluna).