O jornalista Leonardo Vieceli colabora com a colunista Marta Sfredo, titular deste espaço.
Problema acentuado pela crise econômica, o desemprego atingiu 540 mil pessoas no terceiro trimestre deste ano no Rio Grande do Sul. Recorte enviado à coluna pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) mostra quais são os grupos mais afetados pelas dificuldades no mercado de trabalho.
Na divisão por sexo, as mulheres são a maioria dos desocupados no Estado: 300 mil. Correspondem a 55,6% do total.
Na dimensão cor, o grupo de trabalhadores caracterizados como brancos é mais numeroso (376 mil) – essa parcela também é maior na população como um todo (79,8% em 2018). Representa 69,6% de todos os desempregados.
Quando a variável é a idade, o fantasma da escassez de vagas assombra mais os jovens. O maior percentual de desocupados, de 27,4%, fica entre trabalhadores de 18 a 24 anos – 148 mil.
A projeção do IBGE indica ainda que aqueles que estudaram por menos tempo estão entre os mais atingidos. O número de desempregados com Ensino Fundamental incompleto, estimado em 151 mil, responde por 28% do total.
Para o IBGE, pessoas de 14 anos ou mais são consideradas desocupadas quando estão afastadas do mercado e seguem em busca de recolocação, com disponibilidade para voltar a atuar. Se exercerem atividades informais, os populares bicos, deixam de integrar o contingente de desempregados.