O jornalista Leonardo Vieceli colabora com a colunista Marta Sfredo, titular deste espaço.
A economia criativa gera cerca de 130 mil empregos formais no Rio Grande do Sul. Conforme o governo estadual, o número de postos de trabalho na área é mais elevado do que em setores tradicionais da indústria. Entre eles, o calçadista e o automobilístico.
As informações integram estudo feito em parceria pelas secretarias estaduais da Cultura e de Planejamento, Orçamento e Gestão. A pesquisa será detalhada na próxima terça-feira (10).
Os profissionais da economia criativa atuam em áreas como publicidade, artes visuais e ensino de temas culturais. Esses segmentos também reúnem cerca de 48 mil microempreendedores individuais (MEIs) no Estado, além dos 130 mil empregados.
MEIs ligados a nichos culturais foram alvo de medida do governo Jair Bolsonaro que provocou polêmica neste final de semana. Uma resolução publicada no Diário Oficial da União determinava a exclusão de parte desses profissionais da condição de microempreendedores individuais.
Assim que a notícia passou a circular, o Planalto recebeu enxurrada de críticas. Como são trabalhadores formais, os MEIs contribuem para ter direito a benefícios sociais, como aposentadoria e auxílio-doença.
Diante da repercussão, o governo federal recuou. No Twitter, Bolsonaro prometeu, no sábado (7), que o texto será revogado.
O microempreendedor individual pode faturar, no máximo, R$ 81 mil por ano — ou R$ 6,7 mil mensais.