Como o presidente da General Motors, Carlos Zarlenga, mencionou a possibilidade de enfim fazer transporte fluvial de veículos, previsto na época em que a empresa se instalou no Estado, mas nunca efetivado, a coluna procurou saber mais. O secretário dos Transportes, Juvir Costella, confirmou que há estudos para ressuscitar o escoamento da produção da GM e de outras empresas por barcaças do tipo “roll on roll off”, Segundo Costella, além da GM estudam essa possibilidade a Toyota e a Kia, que têm centros de distribuição no Estado.
– Em vez de 10 ou 15 caminhões até Rio Grande, uma embarcação pode levar cerca de 300 veículos em uma única viagem – explica o secretário.
O interesse das empresas, pondera Costella, é reduzir gastos logísticos. Por isso, estão neste momento fazendo estudos técnicos de custo e benefício. O secretário detalha que uma empresa uruguaia já está interessada em fazer esse tipo de transporte. Essa companhia foi uma das visitadas em recente viagem do governador Eduardo Leite a Montevidéu, em meados de agosto. E embora exista interesse, ressalva, a navegação só será viável se houver demanda suficiente.
Também esclarece que as empresas examinam alternativa por portos catarinenses. Uma das vantagens desse tipo de embarcação, como se discutia no final da década de 1990, quando a GM se instalou no Estado, é o fato de que as barcaças não exigem calado maior do que cinco metros (no porto de Rio Grande, é superior a 12 metros).
— É como uma caixa de sapato flutuando, não tem muita profundidade – compara Costella.
No caso específico da GM, o plano inicial é transportar os carros por cegonheira entre Gravataí e Porto Alegre, de onde embarcariam com destino a Rio Grande. Costella prevê definições para as hidrovias até o final deste ano.