Paulo Tafner foi o coordenador de uma das propostas que mais influíram no texto final da reforma da Previdência. Integrante do grupo mobilizado pelo ex-presidente do Banco Central Armínio Fraga, concentrou o resultado de anos de estudo no tema no material enviado ao Planalto. Mas se boa parte do que foi apresentado tem origem no seu trabalho, nem tudo
que está no pacote tem a mesma origem. Tafner considera o resultado final abrangente e redutor de desigualdades, mas também aponta itens que podem vir a ser revistos no Congresso. E avalia que, embora a economia estimada pelo ministro da Economia, Paulo Guedes, de R$ 1,164 bilhão em 10 anos – incluída aí a mudança nas regras para as Forças Armadas, ainda não apresentada –, é possível negociar mudanças desde que o valor final não seja inferior a R$ 800 bilhões.
– Gostaria que fosse de R$ 1,3 trilhão, como era na minha proposta, é melhor para o país uma redução de despesa mais potente. Agora, acima de R$ 800 bilhões, não vou ficar triste.
Respostas capitais
“Não há aspecto intocável na reforma da previdência”, diz um dos principais inspiradores da proposta do governo
Especialista que elaborou projeto no qual se basearam as regras enviadas ao Congresso diz que ficará "feliz" se economia de R$ 1 trilhão em 10 anos for desidratada até chegar a R$ 800 bilhões
Marta Sfredo
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