Na posse dos novos presidentes de bancos públicos, a semana começou com a declaração do novo presidente da Caixa, Pedro Guimarães, de que o juro do financiamento habitacional subiria para a classe média. Só no dia seguinte, ante a constatação de que a Caixa já cobra taxas de mercado, disse que nada mudaria para os clientes.
Dois episódios contrariaram a máxima de Jair Bolsonaro, que repetiu a frase à exaustão ao longo da campanha. O primeiro foi a promoção do filho do vice-presidente, Hamilton Mourão, no Banco do Brasil. O segundo, a nomeação do assessor amigo
do próprio presidente para uma gerência da Petrobras.
O ponto alto dos primeiros dias do governo federal foi o anúncio da reforma "mais robusta" da Previdência, e não "fatiada", como vinha afirmando Jair Bolsonaro. Feito em dupla pelos ministros da Economia, Paulo Guedes, e da Casa Civil, Onyx Lorenzoni, depois que o gaúcho levou bombons ao colega, levou o mercado financeiro aos céus. Pelo efeito, pode virar prática.
O que estava confuso ficou ainda um pouco mais com a resistência à demissão de Alex Carreiro, primeiro presidente da Apex, que durou nove dias no cargo. A substituição por Mário Bilalva teve de esperar 24 horas. O ministro das Relações Exteriores, Ernesto Araújo, apareceu sorridente
na foto, mas sofreu desgaste.