Não é novidade que a Paquetá, uma das maiores empresas do setor calçadista no Estado, com faturamento anual ao redor de R$ 2 bilhões, atravessa dificuldades. Depois do início de um programa de governança corporativa iniciado em 2010, a família se retirou do comando direto dos negócios em 2016. O primeiro executivo externo a assumir ficou dois anos no cargo, e agora houve nova mudança. A empresa passou por uma espécie de concordata branca. Abriu uma renegociação de dívidas com credores e fornecedores, mas enfrentou problemas na adesão. No final de outubro, a Paquetá definiu um novo CEO, depois que o vice-presidente financeiro, Luiz Augusto Pollachini, passou um período acumulando seu cargo e o comando geral. É Henning von Koss, egresso da Bayer, que chega com disposição de admitir as dificuldades sem rodeios para se dedicar a vencê-las. Ambos tiveram uma conversa franca com a coluna sobre o desafio de recuperar a credibilidade.
Reestruturação empresarial
"Queremos distribuir a dívida no tempo para não sufocar o negócio", diz novo CEO da Paquetá
Com pendências equivalentes a sete vezes a geração de caixa, gigante de R$ 2 bilhões enxugou lojas, redefiniu franquias, renegociou com fornecedores e vai vender ativos não operacionais
Marta Sfredo
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