Na segunda-feira seguinte à eleição de Jair Bolsonaro, a expectativa que provocava altas na bolsa e baixas no dólar murchou. Entre as causas, realização de lucros e foco no Exterior, mas também certo cansaço de longo rali. Muitos se surpreenderam, muitos ganharam dinheiro.
Uma frase de Paulo Guedes, também na segunda-feira – "vamos salvar a indústria, apesar dos industriais brasileiros" –, ouriçou o mundo empresarial. De volta à presidência da Fiesp,
Paulo Skaf devolveu, em vídeo que circulou
no meio: "A indústria brasileira sobreviveu
apesar dos governos".
Não foi só a forma que incomodou empresários, fonte de apoio maciço ao presidente eleito. O conteúdo também desagradou: fusão da Indústria e Comércio a Economia – o pedido era ministério independente –, união de Agricultura e Meio Ambiente – que deve ser revista – e mudança da embaixada brasileira em Israel para Jerusalém. Todas têm risco de prejudicar negócios.
Cruz Alta tomou uma decisão inusitada: trocou a atual rodoviária, que demandava reparos de até R$ 800 mil, por um supermercado. Autorizada pela Câmara, a prefeitura vendeu o terreno e, com os recursos, criou um fundo para infraestrutura e desenvolvimento. Vai licitar novo ponto de parada de ônibus para a iniciativa privada.
Na sexta-feira, a bolsa vinha subindo, com alívio externo, quando o ainda juiz Sergio Moro anunciou que havia aceitado o Ministério da Justiça e da Segurança Pública. O Ibovespa embicou e se manteve assim até quebrar o recorde histórico
de pontuação, em 88.419.