Venceu, ficou; perdeu, saiu. O resumo abstrato do trabalho de treinador do Brasil tem historicamente influência também na Seleção Brasileira. Tite foi uma exceção. Mesmo tendo assumido o time em meio ao ciclo da Copa do Mundo de 2018, a dolorida eliminação para a Bélgica na Rússia, em 2018, já poderia ser motivo de encerrar a passagem do técnico. Não foi. Ele ganhou a bênção da continuidade e chega, no jogo desta terça-feira (13), à marca de 50 jogos no selecionado brasileiro.
Anunciado como técnico da Seleção no dia 20 de junho de 2016, Tite fez sua estreia no dia 1º de setembro daquele ano ao vencer o Equador, em Quito, por 3 a 0. No geral, desde o início de seus trabalhos, são 1.576 dias dele no comando do Brasil. Número este que supera o tempo contínuo das passagens de Dunga (2006 a 2010) e Zagallo (1970 a 1974). Falta pouco para alcançar o primeiro da lista.
Segundo dados da CBF, caso Tite chegue à Copa do Mundo do Catar, esta seria a maior passagem contínua de um treinador em toda a história da Seleção Brasileira. Ele superaria Flávio Costa, que comandou o Brasil pela primeira vez em 14 de maio de 1944, em goleada por 6 a 1 sobre o Uruguai em São Januário. Sua despedida foi no dia 16 de julho de 1950, na derrota brasileira para o Uruguai na final da Copa do Mundo daquele ano, o famoso "Maracanaço".
Entre sua estreia e seu último jogo, Flávio Costa ficou seis anos, dois meses e três dias à frente da Seleção. Foram apenas 39 jogos neste período, com 24 vitórias, seis empates e nove derrotas (69,2% de aproveitamento). Tite, com 49 partidas, chega a quase 80% de aproveitamento. Foram apenas quatro derrotas. Além da eliminação para a Bélgica, perdeu três amistosos: Argentina (duas vezes) e Peru.
Tite no comando do Brasil
- 49 jogos
- 35 vitórias
- 10 empates
- 4 derrotas (Argentina 2x, Bélgica e Peru)
- 105 gols marcados
- 17 gols sofridos
- 78,2% de aproveitamento
- 1 título (Copa América)