Pela situação crítica vivida na tabela do Brasileirão, quem precisava ganhar o jogo na Arena era o Grêmio, para tentar diminuir a distância em relação aos adversários para sair da zona do rebaixamento. Acabou não conseguindo. Na verdade, faltou qualidade ao Tricolor em momentos cruciais da partida.
O Flamengo, escalado com reservas por Renato Portaluppi, entrou em campo com a cabeça em Montevidéu na decisão da Libertadores da América no sábado (27). Porém, aproveitou as falhas gremistas para abrir vantagem no marcador.
No primeiro tempo, o Tricolor teve pelo menos duas grandes chances de marcar. Uma conclusão de Jhonata Robert, que o zagueiro Gustavo Henrique salvou antes da bola cruzar a linha. Depois, o goleiro Hugo defendeu um chute de Diego Souza. Mas, em boa parte do jogo, o time gremista teve um ritmo lento demais para quem está afundado no Z-4. Mesmo vendo que as coisas estavam ruins, Vagner Mancini demorou para mexer no segundo tempo.
Até que Vitinho, sem marcação, fez 1 a 0 para o Flamengo com grande facilidade. A expulsão de Jhonata Robert complicou as coisas. Os dirigentes do Grêmio reclamaram bastante da arbitragem nas entrevistas após a partida.
Depois, os cariocas ampliaram, após nova pane da zaga gremista. Quando tudo parecia perdido, veio a reação. Na raça. Na alma. Na camisa. Logo depois do 2 a 0, Borja descontou. O colombiano deve reassumir a titularidade contra o Bahia. E Ferreira ainda conseguiu o improvável empate em 2 a 2. O gol do camisa 11 ressuscitou o Tricolor no Brasileirão.
Agora, o jogo de Salvador pode ser a última chance para a salvação do pior. Os dados ainda estão rolando na mesa, apesar de todas as dificuldades. Na terra de todos os santos, o Grêmio vai precisar buscar o milagre.